O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

segunda-feira, setembro 24, 2018

OS CURAS E AS CURAS...







OS CURADORES DOENTES…

Fico perfeitamente perplexa quando vejo pessoas - mulheres e homens - sem qualquer qualificação ou experiência de vida profunda e anímica, proporem-se ensinar o que quer que seja aos outros e pior ainda ou mais grave, a querer curar e tratar doenças de foro psicológico ou físico...sem nenhuma preparação humana. E isso é o mais comum acontecer até mesmo entre profissionais de saúde como o são tantas vezes os médicos e os psicanalistas que não tem qualquer idoneidade para tratar as pessoas para além da sua formação estritamente racional, do seu saber mecanicista e teórico, quanto mais um curioso de xamanismo ou de não sei que novas técnicas, a querer tratar e curar seres humanos, quando no plano espiritual por assim dizer as coisas são muito mais exigentes e requerem absoluta humildade e seriedade.

Mas não, eu vejo pessoas sem dimensão nenhuma humana, sem um saber intrínseco, sem dimensão espiritual, sem capacidade sequer de se amar ou amar os outros, sem vivência alguma que lhes permita sentir os outros e irradiar amor, compreensão e harmonia...a querer tratar o seu semelhante - e isto é hoje em dia uma praga!

E o que vemos é por vezes bem pior do que vemos nos Hospitais e nos Centros de saúde em geral, pessoal técnico e "qualificado" de acordo com os quadros, sem qualquer capacidade de empatia humana, a destratar ou a tratar mal os doentes, trata-los como coisas...as vezes com impaciência e desprezo, como se os doentes fossem "animais" ou seres anormais...e agora aparecem de todos os lados pessoas, homens e mulheres que sem qualquer formação técnica, tendo um cursozeco de fim de semana ou de 3 meses a querer curar e ajudar pessoas a curar-se?

Sinceramente não percebo como se pode andar a enganar as pessoas mais frágeis e fracas porque doentes, quando o terapeuta devia ter uma total coerência e empatia com a pessoa humana… o que sem duvida implicaria uma realização interior e uma sabedoria profunda que só a vida dá ao fim de muitos anos e de alguém que já percorreu um caminho! Aquilo que antigamente só os sábios e as pessoas idóneas faziam, agora qualquer criaturazinha vinda do nada se acha mestre de tudo...e vem para a praça publica fazer publicidade das suas curas e "magias", dos seus dons? 

rlp

Fingir que a dor não está lá…

"Eu sei que muitas vezes queremos ver tudo pelo lado feliz e positivo, mas esse não é o ponto onde grande parte da humanidade está. Muitos de nós estamos assoberbados com dor, tristeza não digerida, raiva não expressa, verdades escondidas. Este é o lugar onde estamos, como um colectivo. Portanto, temos duas escolhas.

Podemos continuar a fingir que esses sentimentos não estão lá, ignorá-los em nós mesmos e nos outros, distrair-nos e desligar-nos sempre que possível. Ou podemos enfrentá-los de coração aberto, aceitá-los dentro de nós mesmos, procurá-los nos outros com compaixão, criar uma cultura que está focada na autenticidade e libertação emocional saudável.

Se continuarmos a empurrar tudo para bem fundo, estamos a criar doença e a retardar a nossa expansão colectiva. Se aceitarmos, expressarmos e libertarmos a sombra, e amarmos os outros através dela, podemos finalmente formar-nos na escola do coração e começarmos a apreciar esta vida magnífica a que fomos destinados. Fingir que a dor não está lá apenas nos faz incorporá-la ainda mais. Em vez disso, vamos iluminá-la. " - Jeff Brown


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