O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

quarta-feira, julho 14, 2004

A DIFERENÇA ENTRE SEXOS

“O género humano tornou-se homogéneo do ponto de vista da cidade e das funções sociais que a constituem, mas, no seu seio, a oposição feminino-masculino subsiste, reduzida doravante à diferença entre uma melhor maneira para os homens e uma menos boa maneira para a mulheres de realizar cada uma das tarefas comuns aos dois sexos. Do ponto de vista conceptual, a imagem da mulher não ganha nada senão a ver-se sistematicamente amesquinhada.”(...)

in A alma é um corpo de Mulher - Giula Sissa



A MISOGINIA CRESCENTE NA POLÍTICA
E NOS JORNAIS NACIONAIS


COMO as mulheres são tratadas quer pelos jornalistas e colegas de partidos...

Qualquer mulher que não tenha um discurso “masculinizado” (usando objectivamente sempre a cabeça e a razão....) e que não fale “o politicamente correcto” imposto tacitamente pelos partidos e as suas políticas de contenção verbal e hipocrisia ideológica e não sejam por isso cordatas e condicentes com os seus líderes e chefes, são invariavelmente renegadas ou arrasadas como o é o flagrante caso de Ana Gomes sempre que fala ou mesmo Odete Santos, e que exemplifico neste excerto de artigo de um tal João Miguel Tavares, no Diário de Notícias de ontem, intitulado:

“O pescoço de Sampaio”:

..."Quer a fuga de Ferro Rodrigues, quer as declarações de Ana Gomes, cada vez mais a Odete Santos do P.S. e da qual esperamos ansiosamente uma investida no teatro de revista..."

(...)
AS MULHERES DE HOJE já não são queimadas nas “Fogueira da Inquisição”, (e o Papa até já pediu perdão pelos crimes da mesma...) mas são-no no plano político e social... por estes mesmos políticos e jornalistas que assim as denigrem e se puderem contribuem para a sua “mudança” - como sugere este rapaz da Geração 70 - para a Revista (deve ser um rapaz paradoxalmente muito sensível de ouvidos...) e se pudessem, como sugeria também um nosso ministro (o das cotas para os homens em medicina) que as mulheres voltassem todas para as lides caseiras e a tomar contas das suas criancinhas a tempo inteiro e, como pensarão lá no íntimo, sempre lhes resta esta eventualidade do Parque Mayer... e o que se subentende daí!
(...)
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