O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

segunda-feira, julho 05, 2004

a mulher como oráculo

“As mulheres por vezes ficam histéricas e fazem e dizem as coisas mais estranhas. Mas esta observação vai dar a volta e morder a própria cauda: talvez a verdade da vida e do viver resida nas estranhas coisas que as mulheres fazem e dizem quando estão histéricas”

in “ As Duas Vozes”- de William Golding

O QUE A MULHER PRECISA DE SE LEMBRAR:
AS TRÊS ETAPAS DA SUA VIDA


(…)
"Nas culturas celtas, a jovem donzela era vista como a flor; a mãe, o fruto, e a mulher mais velha, a semente. A semente é a parte que contém o conhecimento e o potencial de todas as outras partes de si. O papel da mulher pós-menopáusica é voltar a semear toda a comunidade com a sua semente concentrada de verdade e sabedoria. Em algumas culturas nativas, considerava-se que as mulheres na menopausa retinham o “sangue da sabedoria”, em vez de o expelir ciclicamente, e eram portanto consoderadas mais poderosas que as mulheres que menstruavam. Nessas culturas, uma mulher não podia ser “xamã” até ter ultrapassado a menopausa.

A “menopausa”, observa Slayton, “quando compreendida e apoiada, fornece às mulheres o nível seguinte de iniciação ao poder pessoal. Como parte do tabu menstrual que ainda perdura na nossa cultura, a voz da mulher menopáusica é temida e negada. Foi tornada invisível ou encorajada a permanecer jovem para sempre através da terapia de substituição hormonal, ou outra intervenção médica. Esta alienação cultural de um rito de passagem vital faz com que as mulheres mais velhas se sintam inúteis, isoladas e impotentes”

(...)
Quando uma mulher compreende que o verdadeiro significado da menopausa foi invertido e degradado, como muitos outros processos do corpo da mulher, consegue fazer o seu caminho durante o resto da vida, fortificada com objectivos e discernimento.



In “CORPO DE MULHER SABEDORIA DE MULHER” de Christiane Northrup

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