O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

terça-feira, maio 16, 2006

O MEDO DA DEUSA E DA MULHER

O CÓDIGO DA VINCE TOCOU UM NERVO NA NOSSA CULTURA...
O MEDO DAS MULHERES ATINGE NÃO SÓ O vATICANO COMO OS pAÍSES ISLÂMICOS;
O PODER PATRIARCAL QUER AS MULHERES SILENCIADAS A TODO O CUSTO.


(The Da Vinci Code has touched a nerve in our culture. As a woman, what does this national dialogue mean to you? Tell us your)
HERCOD.ORG


O código da Vinci



A estreia esta semana do filme baseado no livro de Dan Brown tem sido precedida por veementes protestos de praticamente todas as religiões institucionais, inclusive aquelas para as quais não é blasfémia a negação da virgindade do mitológico Cristo ou para as quais é indiferente a forma como a Opus Dei é retratada.

De facto, mesmo em países islâmicos o filme é polémico, tendo sido proibido em países inesperados como o Egipto, Jordânia e Líbano.
Esta proibição parece à primeira vista deveras estranha, já que não se percebe como o filme pode ser ofensivo ao islamismo. Especialmente considerando que para o islamismo, uma religião que teve a sua origem no cristianismo, o Cristo é apenas mais um profeta e, como os múltiplos casamentos de Maomé indicam, não há qualquer obrigação dos profetas serem celibatários. Assim como é obrigação dos crentes combater os «sistemas» de fé concorrentes, como pode ser apreciado neste texto de um site oficial do governo do Egipto ( o Supreme Council of Islamic affairs integra o Ministery of Awkaf).

Na realidade, a oposição ao filme por parte de cristãos e muçulmanos tem a ver simplesmente com o facto de que o livro levanta questões, essas sim blasfémias execradas por estas religiões misóginas, sobre o papel das mulheres nas respectivas religiões.

Uma das razões do sucesso do livro tem a ver exactamente com a recuperação do papel da «deusa», a «heresia» pagã que mais trabalho deu ao cristianismo irradicar dos territórios conquistados. Em boa parte através da fabricação do culto mariano...

Aproveitando o fascínio despoletado pelo livro de Dan Brown, a autora do livro «Faith and Feminism: A Holy Alliance», Helen LaKelly Hunt, organizou um site, HerCode.org, em que são abordadas e contestadas a misoginia e discriminação das religiões instituídas em relação às mulheres.


# um artigo de Palmira F. da Silva, publicado às 07:26 # 0 comments # comentar este artigo # debater #

IN DIÁRIO ATEISTA: http://www.ateismo.net/diario/

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