O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

quinta-feira, junho 12, 2008

Que antídotos secretos?


As chaves ocultas do coração ardente:


Perante o erro – nosso ou alheio - a Compaixão.
Perante o ruído da mente o Silêncio.
Perante a hesitação a Abertura Axial.
Perante a incompreensão o Avanço Decidido.
Perante a desorientação a afirmação da Filiação Eterna.
Perante a ingratidão a oferta de si ao Supremo.
Perante a competição a consciência da Unidade.
Perante o medo a invocação da Luz Maior no Centro do Ser.
Perante o ódio o poder do Sol Central.
Perante a ambição a consciência do Infinito.
Perante a solidão a alegria do Encontro Maior.
Perante o orgulho a consciência da Transitoriedade das formas.
Perante as sombras o riso da Criança Divina.
Perante o elogio a entrega dos actos ao Divino.
Perante as promessas de glória a perfeita simplicidade de cada momento.


Na verdade, amar é também irradiar os antídotos secretos, destilados pela alma em contínua vigília. Estes antídotos são potentes vórtices de dissolução das forças ambientais e psíquicas que subjazem a todos os cenários de incomunicação humanos. Actuando em silêncio e de forma invisível produzem um impacto invisível mas exacto sobre a aura de nossos irmãos.

Assim, de carga em carga, de choque em choque, de incomunicação em incomunicação, à medida que vamos superando a superfície das coisas e a aparência - ou mesmo a realidade – das reacções humanas, a Chama do Amor pode crescer em nós: porque AMAMOS não importa o grau de perfeição ou imperfeição do objecto de nosso amor, porque amamos em silêncio, sem que o mundo possa contaminar a nossa vida interna.

Tornando-se incondicional o Amor desagua na PAZ PROFUNDA.

Se a Paz total ainda se aparta de ti, é porque em teu amor, e em tua relação com os outros, uma parte permanece ligada subtilmente à necessidade de retribuição... Chegamos a um tempo em que meias medidas nos aprisionam em labirintos obscuros e em circunvoluções intermináveis. É um tempo de direcção e decisão. Um tempo que exige que o indivíduo aparte de si os parasitas mentais e emocionais que claramente não o elevam ou o dignificam.

O entrelaçar firme do amor e da vontade, uma discriminação aguda e uma doçura espiritual para com todos os seres vivos é a única forma de responder ao ponto de tensão a que quase tudo na vida humana chegou.

André louro de almeida
http://lumina-all.blogspot.com/

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