Em meus tempos de Umbanda ouvia que devia me acautelar com as energias femininas, tais quais as da lua cheia, de Oxum, da Nossa Senhora do Rosário, e outras. Dizia-se que poderia nos efeminar. Na época obedecia. Depois compreendi que qualquer religião que trabalhe com o medo não pode estar realmente sintonizada com o tempo do agora. É bastante claro hoje para mim que o maior problema que a humanidade enfrenta é a opressão do feminino. Vejo isto facilmente tanto no macro como no micro. Os Estados Unidos e sua masculinidade exagerada (vide seu cinema onde não se passa 30 segundos de quaisquer filmes sem que aparece uma arma de fogo) estão sendo colocados em xeque com a oportunidade de mudar esta tendência, caso elejam Barak Obama, que qualquer um percebe, trás uma energia feminina de diálogo e compreensão, e o que é até estranho, até mais significativo que a da própria Hillary, que é mulher. Interessante. No nível do micro está lá em minhas salas de aulas onde 99% dos problemas frutos da ignorância, do egoísmo e da violência veem dos jovens rapazes. Falta-lhes, visivelmente, um pouco de sensibilidade. E o pior que não sabem disso e nem querem saber.
Gaia não é apenas um substantivo feminino como também se relaciona com o feminino como sabemos desde os tempos anteriores ao surgimento do Deus pai, do patriarcalismo, da propriedade privada, da agricultura e de tudo aquilo que propiciou ao homem - o indivíduo masculino - possuir o feminino: a mulher e a terra. Até o meu cachorro sabe as coisas terríveis que foram feitas neste mundo por causa da posse da terra e da mulher. (...)
GAIA E O BRASIL, Postado por Josaphat
http://umquetoque.blogspot.com/
O SORRISO DE PANDORA
“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja.
Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto.
Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado
Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “
In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
3 comentários:
Rosa, obrigado pela parte que me toca. No entanto, dizer que não tenho medo é, no mínimo, um exagero. Não se pode deixar de recear o desconhecido. Mas não me submeto à manada, ando à margem dela, ali observando, ajudando e sendo ajudado pelas outras ovelhas desgarradas como eu. Não se precisa, para ser homem, desconectar-se do feminino. Temístocles era devoto da Grande Mãe. Carece de nós, homens, entendermos melhor esta relação. Faço o meu melhor para estar em sintonia com a terra. Mas esta é um história mais comprida, não cabe aqui. Visito-te diariamente, és uma luz. Espero que continues iluminando o caminho.
Josaphat
Meu querido amigo, é um prazer imenso tê-lo aqui connosco!!!
Quando quiser me conte a sua história...
Um enorme abraço
rosa leonor
Contarei Rosa, contarei. Quando puder. Obrigado por tua gentileza. Por enquanto, faço minhas visitas e pontuo quando quero. É sempre um prazer escutá-la. Gostei muito do enxerto do Pessoa, não o conhecia. Como sempre digo, nossa boa energia têm tocado não só a terra, mas as bordas do universo.
abraço,
josaphat
Enviar um comentário