O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

sexta-feira, junho 06, 2008

a voz de um homem sem medo...do feminino!

Em meus tempos de Umbanda ouvia que devia me acautelar com as energias femininas, tais quais as da lua cheia, de Oxum, da Nossa Senhora do Rosário, e outras. Dizia-se que poderia nos efeminar. Na época obedecia. Depois compreendi que qualquer religião que trabalhe com o medo não pode estar realmente sintonizada com o tempo do agora. É bastante claro hoje para mim que o maior problema que a humanidade enfrenta é a opressão do feminino. Vejo isto facilmente tanto no macro como no micro. Os Estados Unidos e sua masculinidade exagerada (vide seu cinema onde não se passa 30 segundos de quaisquer filmes sem que aparece uma arma de fogo) estão sendo colocados em xeque com a oportunidade de mudar esta tendência, caso elejam Barak Obama, que qualquer um percebe, trás uma energia feminina de diálogo e compreensão, e o que é até estranho, até mais significativo que a da própria Hillary, que é mulher. Interessante. No nível do micro está lá em minhas salas de aulas onde 99% dos problemas frutos da ignorância, do egoísmo e da violência veem dos jovens rapazes. Falta-lhes, visivelmente, um pouco de sensibilidade. E o pior que não sabem disso e nem querem saber.

Gaia não é apenas um substantivo feminino como também se relaciona com o feminino como sabemos desde os tempos anteriores ao surgimento do Deus pai, do patriarcalismo, da propriedade privada, da agricultura e de tudo aquilo que propiciou ao homem - o indivíduo masculino - possuir o feminino: a mulher e a terra. Até o meu cachorro sabe as coisas terríveis que foram feitas neste mundo por causa da posse da terra e da mulher. (...)


GAIA E O BRASIL, Postado por Josaphat
http://umquetoque.blogspot.com/

3 comentários:

josaphat disse...

Rosa, obrigado pela parte que me toca. No entanto, dizer que não tenho medo é, no mínimo, um exagero. Não se pode deixar de recear o desconhecido. Mas não me submeto à manada, ando à margem dela, ali observando, ajudando e sendo ajudado pelas outras ovelhas desgarradas como eu. Não se precisa, para ser homem, desconectar-se do feminino. Temístocles era devoto da Grande Mãe. Carece de nós, homens, entendermos melhor esta relação. Faço o meu melhor para estar em sintonia com a terra. Mas esta é um história mais comprida, não cabe aqui. Visito-te diariamente, és uma luz. Espero que continues iluminando o caminho.
Josaphat

Anónimo disse...

Meu querido amigo, é um prazer imenso tê-lo aqui connosco!!!
Quando quiser me conte a sua história...

Um enorme abraço

rosa leonor

josaphat disse...

Contarei Rosa, contarei. Quando puder. Obrigado por tua gentileza. Por enquanto, faço minhas visitas e pontuo quando quero. É sempre um prazer escutá-la. Gostei muito do enxerto do Pessoa, não o conhecia. Como sempre digo, nossa boa energia têm tocado não só a terra, mas as bordas do universo.
abraço,
josaphat