"Um crime onde não apenas a vida de um corpo foi assassinada, mas o significado que carrega - o feminino. Um crime do patriarcado que se sustenta no controle do corpo, da vontade e da capacidade punitiva sobre as mulheres pelos homens. O feminicídio é um crime de ódio, realizado sempre com crueldade, como o "extremo de um continuum de terror anti-feminino", incluindo várias formas de violência como sofreu Eloá, xingamentos, desconfiança, acusações, agressões físicas, até alcançar o nível da morte pública.
O que o seu assassino quis mostrar a todas/os nós? Que como homem tinha o controle do corpo de Eloá e que como homem lhe era superior? Ao perceber Eloá como sujeito autônomo, sentiu-se traído, no que atribuía a ela como mulher (a submissão ao seu desejo), e no que atribuía a si como homem (o poder sobre ela - base de sua virilidade). Assim o feminicídio é um crime de poder, é um crime político. Juridicamente é um crime hediondo, triplamente qualificado: motivo fútil, sem condições de defesa da vítima, premeditado. Se antes esses crimes aconteciam nas alcovas, nos silêncios das madrugadas, estão agora acontecendo em espaços públicos, shoppings, estabelecimentos comerciais, e agora na mídia. "
««««POR FAVOR DIVULGUEM por todos os meios ao vosso dispor e por inteiro o texto abaixo...Porque esta é realmente uma realidade muito próxima de nós.
8 comentários:
Os homens matam as mulheres pq essa sempre foi a base do patriarcado, sempre...
Enquanto não mudar o sistema, o modelo social isso não vai acabar... o patriarcado nunca vai ser um sistema bonzinho, justo, fraterno e saudavel...
nunca vai ser...
pois a sua base é a dominação, a violência e o desaparecimento do princípio feminino do mundo...
Felizmente, esse sistemazinho covarde e mau, está literalmente com os dias contados...
Nana
Que como homem tinha o controle do corpo de Eloá e que como homem lhe era superior? Ao perceber Eloá como sujeito autônomo, sentiu-se traído, no que atribuía a ela como mulher (a submissão ao seu desejo), e no que atribuía a si como homem (o poder sobre ela - base de sua virilidade).
todos os dias no Brasil sao cometidos crimes fundamentados nessa sentença.
e pasmem, são chamados de crime passional.
e amanhã, outra Hipácia serå lapidada, mas sem jornal Nacional, e o feminicidio continua
Os Homens não matam as Mulheres...do mesmo modo que oas mulheres não matam os homens...
Isto não é o principiuo do(a) "louva-a-deus"...
O ser que mata tem sexo sempre, mas a intenção de matar tem outras motivações...Odio ou Amor... a pulsão que permite ultrapassar os limites do aceitável...Não tem nada aver com virilidade... Todo o assassino ou assassida é um disfuncional sexual... Basta estudar um pouco mais para saber isso...
A virilidad não tem nada de negativo..antes pelo contrário...
Eu me sinto a parteira das muitas mulheres e aspectos femininos de mim....
sou a india que pare seus filhos no rio e cuida para que seu homem não a inveje e se intimide diante da força crua da natureza que toma possessão de seu corpo. Sou a criança amante que despeja seu amor sobre a alma de seu pai incestuoso.
Sou Eva irremediavelmente decidida a provar a maçã e todas as suas delícias...seduzida, sedutora...amaldiçoada, mas companheira.
Sou Maria virgem, concebendo e parindo o filho de Deus...sou Maria Mãe passando pela provação da fé absoluta na vida depois da morte.
Sou Madalena, a sábia cortesã que escolhe seus homens na luxuria , mas que desposa o mais belo espírito e por ele renasce e vive.
Sou Lilith, a devoradora vagina, a poderosa força do desejo pagão. Sou a sacerdotisa...que busca no conhecimento o requinte do ser mulher.
Sou a rainha, a gueixa, a santa, o diabo...
sou as muitas faces da versatilidade do criador que soprou em mim o hálito quente das possibilidades humanas e me convidou e experimenta-las , para voltar pra ele livre de todo desejo...
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Eu sou uma mulher que sempre achou bonito menstruar.
Os homens vertem sangue por doença
Sangria
Ou por punhal cravado,
Rubra urgência a estacar
Trancar no escuro emaranhado das artérias.
Em nós o sangue aflora como fonte
No côncavo do corpo
Olho d'água escarlate
Encharcado cetim que escorre em fio.
Nosso sangue se dá de mão beijada
Se entrega ao tempo
como chuva ou vento.
O sangue masculino tinge as armas e o mar
Empapa o chão e os campos de batalha
Respinga as bandeiras
Mancha a história.
O nosso vai colhido em brancos panos
Escorre sobre as coxas
Benze o leito
Manso sangrar sem grito
Que anuncia a ciranda da fêmea.
Eu sou uma mulher que sempre achou bonito menstruar.
Pois há um sangue que corre para a morte
E o nosso que se entrega para a lua.
(Marina Colassanti)
não é tão linear assim, nem preto e branco, a rede kármica.
obrigada Madalena por ter deixado esse bonito poema...
um abraço
rleonor
Moloi, moloi...você vem falar-me em Karma numa hora destas...o Karma é para mudar...pela consciência das mulheres e dos homens. Não é para sempre. Nada é linear, certo, mas o imperioso é mudar as consciências independentmente da moral ou da tragédia...Até os indianos já têm foguetões para ir à lua...???
Antes disso temos os ovnis...viu???
abraço amigo
rleonor
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