“Quando aceitamos a nossa própria beleza selvagem, ela fica em perspectiva, e nós deixamos de ser incomodadas pela sua percepção, mas também não renunciaríamos a ela nem negaríamos a sua existência. (...)
Para as mulheres, essa procura e essa descoberta se baseiam na misteriosa paixão que as mulheres têm pelo selvagem, pelo que lhes é inato. Estivemos chamando ao objecto desse anseio de Mulher Selvagem...mas, mesmo quando as mulheres não a conhecem pelo nome, mesmo quando não sabem onde ela reside, elas se esforçam para alcançá-la: elas a amam do fundo do coração. Elas anseiam por ela, e esse anseio é tanto motivação quanto locomoção. É esse desejo intenso que nos faz procurar a Mulher Selvagem e encontrá-la. Não é tão difícil quanto se poderia imaginar a princípio, pois a Mulher Selvagem também está procurando por nós. (...)
Quando as mulheres reafirmam seu relacionamento com a natureza selvagem, elas recebem o dom de dispor de uma observadora interna permanente, uma sábia, uma visionária, um oráculo, uma inspiradora, uma intuitiva, uma criadora, uma inventora e uma ouvinte que guia, sugere e estimula uma vida vibrante nos mundos interior e exterior. Quando as mulheres estão com a Mulher Selvagem, a realidade desse relacionamento transparece nelas. Não importa o que aconteça, essa instrutora, mãe e mentora selvagem dá sustentação às suas vidas interior e exterior.”
Clarissa Pinkola Estés
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