Algumas das minhas habituais leitoras e os poucos leitores que tenho, estranharão este aparente afastamente das coordenadas deste Blogue e poderão deduzir pelas minhas próprias palavras que me afastei do meu Caminho inicial...que me estou a afastar das Mulheres & Deusas...mas não é verdade. Voltarei sempre a esse ponto de partida. Mesmo que de algum modo o meu Foco tenha mudado na táctica, ele não muda na essência. A Mudança e a Evolução da Consciência passa sempre pela união dos princípios, feminino e masculino e pela fusão dos polos complementares...Antes da mulher se tornar um ser espiritual ela tem sempre de integrar a sua sombra.
Agora, digamos que trabalho sobre os dois planos...ou mais na síntese, se preferirem, mas sempre que for necessário clarificar um ponto inalienável da consciência do ser como o é a integração das duas mulheres, por assim dizer os dois esteriótipos de Eva e da Lilith ou da Virgem e da Maria Madalena, o meu empenho será o mesmo. Essas duas mulheres continuam divididas na nossa sociedade e cultura e o cinema modermo e muito máu continua a difundir o antagonismo das duas mulheres que na verdade correspondem à natureza de uma só, e podemos ver amplamente divulgado nas famosas telenovelas o ódio gerado e o conflito permanente entre a esposa e boa mulher e boa mãe e a desvairada, a assassina a prosmícua ou a puta...É o caso da Favorita...no Brasil. Nós por cá também asssitimos todos os dias ao ódio corrosivos dessas duas mulheres que simbolizam a boa e a má...esse espírito de divisão e ódio entre as mulheres molda milhões de espectadores...tanto mulheres como homens.
Porque será?
Ainda ontem vi parte de uma série muito má sobre demónios e exorcistas em que aparece uma criança belísssima mas diabólica com o nome de Lilith justamente e que destrói cruelmente os homens, sempre os bonzinhos da fita ...
É assim que se propagam o ódio à mulher e a divisão entre elas, criando uma cisão interior na própria mulher fazendo com que elas se odeiem entre si e inclusivo os homens as temam e odeiem também. Portanto este tema é sempre actual e eu não deixarei nunca de o denunciar...
rlp
2 comentários:
Rosa, estou lendo um livro que encontrei em nossa biblioteca pública. Chama-se "Memórias de Helena de Tróia". A autora é Sophie Chauveau. O exemplar que tenho, em português, é da Editora Rosa dos Tempos Ltda. O título original é "Mémoires d'Hélène".
Sei que você lê o francês. Ainda não o terminei de ler e não posso, agora, fazer uma avaliação completa, mas o livro é muito bom. É uma versão da mitológica guerra e de tudo que ela representou em termos de transformação do mundo, a ascensão do patriarcado principalmente, pela ótica de Helena, cuja mãe, Leda, segundo a autora (que fez uma pesquisa imensa, podes crer) foi a última rainha da Esparta matriarcal. A Lacedemônia sempre foi (talvez junto de Lesbos) o estado grego mais flexível às mulheres. Ainda vou fazer uma postagem no blog com uma análise mais detalhada do livro. Sugiro-lho como leitura. Há informações que trazem uma visão bem diferente da dos poetas tradicionais, inclusive, conferindo à Nausícaa a autoria da Odisséia. Interessantíssimo.
P.S. Desculpe o longuíssimo comentário.
Muito obrigada pela sua dica...
vou procurar o livro. Fico-lhe muito grata pela sua sugestão de leitura.
Quanto a si pode sempre alongar-se tanto quanto sentir vontade...
depois lhe direi se consegui ou não o livro em Portugal.
um abraço
rleonor
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