O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

sábado, janeiro 10, 2009

O JARDIM DA COMPAIXÃO


"O DESGOSTO", escreveu Rumi, "pode ser o jardim da compaixão". Se mantiverem sempre os corações abertos, a vossa dor pode vir a ser a melhor aliada numa vida de procura do amor e da sabedoria.

Não saberemos todos demasiado bem que a protecção contra a dor não resulta e que quando tentamos defender-mo-nos do sofrimento acabamos por penar ainda mais e não aprendemos o que seria possível com essa experiência? Como escreveu Rilke, o coração protegido, "inocente e seguro, que nunca está exposto à perda, não sabe o que é a ternura, só aquele que é experiente pode ser satisfeito e está livre - depois de tudo o que desistiu - para se alegrar com a sua supremacia".
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"Fiquei frequentemente muito comovido ao descobrir que podemos levar as pessoas a ajudarem-se a si mesmas auxiliando-as a descobrir a própria verdade, de cuja riqueza, doçura e profundidade talvez nunca tivesse suspeitado. As fontes de cura e da consciência estão muito enterradas dentro de cada um de nós e a nossa tarefa é a de nunca impormos as nossas crenças, sejam quais forem as circunstâncias, mas sim permitir que as pessoas as encontrem dentro de si mesmas."


Sogyal Rinpoche - O LIVRO TIBETANO DA VIDA E DA MORTE

5 comentários:

Helena Felix (Gaia Lil) disse...

oi rosa...gostei muito do texto sabe sinto de uns dias pra ca ua ferida invisivel no peito sua dor e silenciosa ...não sei como curala mas acredito que tem haver com o que vc escreveu

Beijos com cherinho de Hortela

MOLOI LORASAI disse...

nossas criancices no caminho sao aceites por um pai MUITO compassivo...

Anónimo disse...

nao recebi livro nenhum, nem o actual nem o proximo...

Anónimo disse...

Palas Athen...
àS vezes basta a gente deixar doer um tempo e ficar em silêncio até que a dor se transforme, pela aceitação sábia, em doçura e compaixão por nós mesmas...quando a ferida dói é porque está a curar, como se diz na gíria: "o que arde cura..." as pessoas têm medo de sofrer e isso é pior do que deixar a dor passar naturalente...

com carinho

rleonor

Anónimo disse...

antes de se ir embora diga qualquer coisa...entrego-lhe em mãos...senão a carla dá-lhe se o vir antes de ir. Ontem ela esqueceu-se...

um abraço e felicidades para o seu!

rleonor