O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

sábado, abril 18, 2009

No dia da voz, a morte da palavra...


O NOSSO FADO...

A Voz, a Palavra,
evocadas num dia Mundial da Voz, pagagueadas as palavras por gente sem alma...gente que finge que diz e tudo o que diz não sente nem vibra, NÃO TEM RESSONÂNCIA, nem tem repercussão, porque a Voz que não faz eco com o coração é uma voz sem alma e se tantos cantam o Fado neste País e o evocam, o Fado não é só a voz, mas alma e destino de quem canta ou de quem diz...

A MORTE DA PALAVRA É A MORTE DA CULTURA, A MORTE DE UM PAÍS...


"Sente-se que a morte da cultura, isto é: a morte de milhões de palavras - hoje palavras = sons que significam muitas vezes coisas opostas; a morte do governo – hoje governo = máquina de calcular electrónica de bolso; a morte da televisão – hoje TV = entertainment, deveria estar a criar um tapete underground de autêntico desespero, angústia, desorientação e silenciosa revolução, quero dizer – um tapete extremamente fértil, um composto orgânico a partir do qual os homens podem reinventar tudo: nova vida.

O retorno à PESSOA passa necessariamente por uma denúncia e decomposição do “uso da pessoa”, entenda-se “abuso da pessoa”. Talvez por isto uso tão pouco palavras como “Deus”, “Amor”, “Bondade”. Porque sinto que estas palavras são tão vastas que acabam por manipular as pessoas – porque querem dizer tudo, a coisa, o oposto da coisa e nada. São excessivamente explícitas, espiritualmente explícitas. "


ANDRÉ LOURO DE ALMEIDA
(http://axislinea.blogspot.com/)

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