O NOSSO FADO...
A Voz, a Palavra,
evocadas num dia Mundial da Voz, pagagueadas as palavras por gente sem alma...gente que finge que diz e tudo o que diz não sente nem vibra, NÃO TEM RESSONÂNCIA, nem tem repercussão, porque a Voz que não faz eco com o coração é uma voz sem alma e se tantos cantam o Fado neste País e o evocam, o Fado não é só a voz, mas alma e destino de quem canta ou de quem diz...
A MORTE DA PALAVRA É A MORTE DA CULTURA, A MORTE DE UM PAÍS...
"Sente-se que a morte da cultura, isto é: a morte de milhões de palavras - hoje palavras = sons que significam muitas vezes coisas opostas; a morte do governo – hoje governo = máquina de calcular electrónica de bolso; a morte da televisão – hoje TV = entertainment, deveria estar a criar um tapete underground de autêntico desespero, angústia, desorientação e silenciosa revolução, quero dizer – um tapete extremamente fértil, um composto orgânico a partir do qual os homens podem reinventar tudo: nova vida.
O retorno à PESSOA passa necessariamente por uma denúncia e decomposição do “uso da pessoa”, entenda-se “abuso da pessoa”. Talvez por isto uso tão pouco palavras como “Deus”, “Amor”, “Bondade”. Porque sinto que estas palavras são tão vastas que acabam por manipular as pessoas – porque querem dizer tudo, a coisa, o oposto da coisa e nada. São excessivamente explícitas, espiritualmente explícitas. "
ANDRÉ LOURO DE ALMEIDA
(http://axislinea.blogspot.com/)
"Sente-se que a morte da cultura, isto é: a morte de milhões de palavras - hoje palavras = sons que significam muitas vezes coisas opostas; a morte do governo – hoje governo = máquina de calcular electrónica de bolso; a morte da televisão – hoje TV = entertainment, deveria estar a criar um tapete underground de autêntico desespero, angústia, desorientação e silenciosa revolução, quero dizer – um tapete extremamente fértil, um composto orgânico a partir do qual os homens podem reinventar tudo: nova vida.
O retorno à PESSOA passa necessariamente por uma denúncia e decomposição do “uso da pessoa”, entenda-se “abuso da pessoa”. Talvez por isto uso tão pouco palavras como “Deus”, “Amor”, “Bondade”. Porque sinto que estas palavras são tão vastas que acabam por manipular as pessoas – porque querem dizer tudo, a coisa, o oposto da coisa e nada. São excessivamente explícitas, espiritualmente explícitas. "
ANDRÉ LOURO DE ALMEIDA
(http://axislinea.blogspot.com/)
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