O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

sexta-feira, abril 03, 2009

o desapego do falso eu...

"Chegamos aos tempos previstos pelos povos nativos, onde a vida estaria toda ameaçada, quando homens e mulheres guiados por seres perigosos iriam brigar pelo mundo, usando armas de grande poder de destruição.

Mas também chegamos aos tempos da Tribo do Arco Íris e sua batalha, pacífica, bom combate, luta em essência, para que o Ser Terra que nos abriga sobreviva, se recupere e então plenamente consciente de novo, pois está em coma agora pelas agressões que tem sofrido, se auto regulará. Nós que seguimos os ciclos da Vida, que sentimos o pulsar da Terra e da Natureza temos um ritmo diferente de quem segue o ritmo das grandes cidades.
Pode-se viver nas grandes cidades sem estar no ritmo delas, depende muito de tua postura existencial.
Essa é a primeira manobra radical que podemos fazer no nosso surf do Zuvuya. Estar no mundo, mas não ser dele.
"Se algo lá fora pegou fogo, deixe o fogo só onde ele está, não incendeie o seu coração"
"Se há inundação, deixe que alague apenas o que está a sua volta, não alague tua mente."
São ditos budistas, falam do desapego. O desapego é que nos permite entrar num estado de não ressonância às programações impostas do sistema. Respirar tranquilamente, procure prestar atenção na tua respiração, só prestar atenção, sem interferir.
O apego, a posse, o controle, o domínio sobre o exterior são bases poderosas nesse sistema que aí está.
O desapego é uma postura revolucionária porque vem de uma constatação de nossa efemeridade frente à vastidão da existência. A tremenda importância pessoal das pessoas hoje vem do medo de assumirem o nada que somos, a efemeridade de nossa condição, por não resolverem suas carências interiores ficam com medo de sentir o absoluto vazio da ETERNIDADE desprovido de emoções, o Olho do Dragão, puro INTENTO. E o medo leva a refugiarem-se em elaboradas imagens de importância pessoal e se alguém ameaça esta imagem podem fazer de tudo , loucuras, para salvaguardar algo que em si já é falso.
(...)
O mundo é resultado do estado de consciência coletivo, a maior parte das pessoas não quer a guerra e os conflitos que estão aí, eles são mantidos por forças artificiais, como as políticas internacionais que favorecem conflitos, fortalecendo diferenças e ódios, com nítidos fins de provocar conflitos e de alguma forma ganhar com isso. "
(...)

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