O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

segunda-feira, abril 20, 2009

SER TOLTECA.


"Crianças muito pequenas não têm medo de expressar o que sentem. São tão sensíveis ao amor que se perceberem amor, derretem-se em amor. Não têm medo de amar. Essa é a descrição de um ser humano normal. Assim como as crianças, não estamos com medo do futuro ou envergonha­dos pelo passado. Nossa tendência normal como seres hu­manos é apreciar a vida, jogar, explorar, ser feliz e amar.
Mas o que aconteceu com o ser humano adulto? Por que somos tão diferentes? Por que não somos selvagens? Do ponto de vista da Vítima, podemos dizer que algo triste aconteceu conosco; e do ponto de vista do guerreiro, po­demos dizer que o que nos aconteceu é normal. O que aconteceu é que temos o Livro da Lei, o grande Juiz e a Vítima, que governam nossas vidas. Não somos mais livres porque o Juiz, a Vítima e o Sistema de
Crenças não nos permitem ser quem realmente somos. Uma vez que nossas mentes foram programadas com tanto lixo,não somos mais felizes.
Essa corrente de treinamento de indivíduo para indiví­duo, de geração a geração, é perfeitamente normal na so­ciedade humana. Não é preciso culpar seus pais por ensinar você a ser como eles. Que outra forma poderiam ensinar, além da que conhecem? Fizeram o melhor possível, e se fizeram você sofrer, foi devido à própria domesticação de­les, dos medos deles e das próprias crenças. Eles não pos­suíam controle sobre a programação que recebiam; portan­to, não poderiam ter se comportado de forma diferente.
Não há necessidade de culpar seus pais ou qualquer ou­tra pessoa, incluindo você mesmo, por tê-lo feito sofrer na vida. Mas é tempo de parar com esse sofrimento. Está na hora de libertar-se da tirania do Juiz ao trocar a fundação de seus próprios compromissos. É hora de libertar-se do papel de Vítima.
Seu" eu" verdadeiro ainda é uma criança que não chegou a crescer. Algumas vezes essa criança aparece quando você se diverte ou está jogando, escrevendo poesias ou tocando piano, enfim, expressando a si mesmo de alguma forma. Esses são os momentos mais felizes de sua vida ... quando o "eu" verdadeiro sai, quando você não se importa com o passado e não se preocupa com o futuro. Você fica como uma criança.
Mas existem algumas coisas que muda tudo: nós as cha­mamos de responsabilidades. O Juiz diz: "Espere um. segun­do, você é responsável, tem coisas para fazer, precisa tra­balhar, precisa freqüentar a escola, precisa ganhar sua vida". Todas essas responsabilidades nos vêm à mente.Nosso rosto se altera e nos tomamos sérios outra vez Se você observar as crianças brincando de adultos, vai perceber que os rostos delas mudam. "Vamos fingir que sou um advogado." E logo os rostinhos mudam; o rosto do adulto assume. Vamos para o tribunal, e esse é o rosto que en­xergamos. Vamos para a corte, e esse é o rosto que enxergamos ... o que enxergamos. Somos ainda crianças, mas per­demos nossa liberdade.
A liberdade que estamos procurando é a liberdade de ser nós mesmos, de nos expressar. Mas se examinarmos nossas vidas, veremos que na maior parte do tempo faze­mos coisas para agradar aos outros, apenas para ser aceitos pelos outros, em vez de viver nossas vidas para agradar a nós mesmos. É o que acontece com nossa liberdade. En­xergamos em nossa sociedade, e em todas as sociedades ao redor do mundo, que para cada mil pessoas, novecentas e noventa e nove mil estão completamente domesticadas.
A pior parte é que a maioria de nós nem ao menos tem consciência de não ser livre. Existe algo no interior sussur­rando para nós que não somos livres, mas não compreen­demos o que é e por que não somos livres.
O problema com as pessoas é que vivem suas vidas e nem chegam a descobrir que o Juiz e a Vítima governam suas mentes e, portanto, não têm uma chance de ser livres. O primeiro passo na direção da liberdade pessoal é a cons­ciência. Precisamos estar conscientes do problema para po­der resolvê-lo.
A consciência é sempre o primeiro passo, porque se você não está consciente, não existe nada para mudar. Se você não percebeu que sua mente está cheia de ferimentos e veneno emocional, não pode começar a limpar e curar os ferimentos e continuará sofrendo.
Não existe motivo algum para sofrer. Com a consciência, você pode ser rebelde e dizer: "Chega!". Você pode procurar por uma forma de criar e transformar seu sonho pessoal. O sonho do planeta é apenas um sonho. Nem ao menos é real. Se você entrar no sonho e começar a desafiar suas crenças, vai descobrir que sofreu todos aqueles anos por nada. Por quê? Porque o Sistema de Crenças no interior de sua mente é baseado em mentiras.
Por isso, é tão importante que você domine o próprio sonho; por isso, os toltecas se tornaram mestres do sonho. Sua vida é a manifestação de seu sonho; é uma arte. E você pode mudar sua vida a qualquer momento em que não estiver gostando do sonho. Os mestres do sonho criaram obras-primas de vida;controlavam os sonhos fazendo escolhas. Tudo tem conseqüências e o mestre de sonhos está consciente das conseqüências.
Ser tolteca é uma forma de viver. Uma forma de viver em que não existem líderes nem seguidores, em que você possui sua própria verdade e vive de acordo com ela. Um tolteca se torna sábio, selvagem e livre outra vez. "

(...)
OS QUATRO COMPROMISSOS
Don Miguel Ruiz

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2 comentários:

Anónimo disse...

Que eu jamais seja controlada
nem pela luz nem pelas trevas
sou sou a manifestação da Deusa na terra
que não aja fogo ou fogueira capaz de me deter
que jamais aja forças no patriarcado para me controlar
pois sou um ser livre
sou uma mulher-serpente
sou filha do sol e da lua
por isso não posso ser controlada
posso ser conduzida pelo Poder da Mãe
mas jamais controlada
não existem forças no céu ou na terra
capaz de me deter
pois sou uma mulher indomada
sou o principio feminino
sou Lilith
amem

Gaia Lil

Anónimo disse...

bonito poema...melhor desígnio...
continue a ser fiel à grande mãe...

um abraço

rleonor