O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

sábado, abril 18, 2009

TENHO SONO..


"Se a pátria se derivara da terra,
que é a mãe que nos cria,
havia-se de chamar mátria."

PADRE ANTÓNIO VIEIRA, SERMÕES


NO REINO DA DINAMARCA?

"Enquanto sentimos os males e as injúrias de Hamlet, príncipe da Dinamarca, não sentimos os nossos – vis porque são nossos e vis porque são vis.

O amor, o sono, as drogas e intoxicantes, são elementares da arte, ou antes, de produzir o mesmo efeito que ela. Mas amor, sono e drogas tem cada um a sua desilusão. O amor farta ou desilude. Do sono desperta-se, e, quando se dormiu, não se viveu. As drogas pagam-se com a ruína de aquele mesmo físico que serviram de estimular. Mas na arte não há desilusão porque a ilusão foi admitida desde o início. Da arte não há despertar porque nela não dormimos, embora sonhássemos.
(...)
Tenho neste momento tantos pensamentos fundamentais, tantas coisas verdadeiramente metafísicas que dizer, que me canso de repente, e decido não escrever mais, não pensar mais, mas deixar que a febre de dizer me dê sono, e eu faça festas com os olhos fechados como a um gato, a tudo o que poderia ter dito.


In O LIVRO DO DESASSOSSEGO
Fernando Pessoa

6 comentários:

Anónimo disse...

Porque sera que continuamos na busca,estou tentando ser sincera,eu ja pensei em ter desistido varias vezes,mas a uma coisa em mim que não me permite desistir,é uma força que me mantem erguida no ar
que mantem minha vontade de continuar,continuar acreditando em mim e na deusa


Gaia Lil

NEANDERTHAL disse...

por um lado tem que se desistir, pelo outro insistir. no meio está NEANDERTHAL...

Helena Felix (Gaia Lil) disse...

Não crei ter compreendio este "no meio esta Neanderthal" mas creio que quando a causa é justa vale a pena a persistencia...


Gaia Lil

Helena Felix (Gaia Lil) disse...

Não crei ter compreendio este "no meio esta Neanderthal" mas creio que quando a causa é justa vale a pena a persistencia...


Gaia Lil

Helena Felix (Gaia Lil) disse...

Não crei ter compreendio este "no meio esta Neanderthal" mas creio que quando a causa é justa vale a pena a persistencia...


Gaia Lil

Anónimo disse...

cada um sabe de si, não é? e a Deusa sabe de todos?

rleonor