O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

terça-feira, maio 26, 2020

A PERTURBADORA EVOLUTIVA



"A IMORTALIDADE"…

Esta expressão é cara Aquela a quem chamamos MÃE (1878-1973). Ela descreve bem como me sinto desde que escolhi a imortalidade, em vez da sobrevivência e da morte. A minha decisão de viver a todo o custo é definitiva. As pontes da morte estão cortadas, preciso de avançar pelo caminho sem caminho que conduz à imortalidade sem garantias. Diesa oblige!...
Viver é morrer para a sobrevivência, para os meus hábitos, crenças, valores, aquisições, emoções, mentiras, dependências, tudo o que aprisiona Diesa nas profundezas das minhas células e a impede de se manifestar no meu corpo imortal.
Sinto-me como a lagarta que deve passar pelo caldo de lagarta para se tornar borboleta. Para mim, é do meu caldo de carneiro que imergirá a minha jumenta alada. É a receita evolutiva.
Não são nem as orações, nem as meditações que vão realizar a mutação da humanidade. Elas são apenas um bálsamo para o nosso sofrimento milenar, pelo menos enquanto esperamos passivamente pela morte salvadora. Não. Isto não funciona. Estamos sempre no mesmo ponto é pior até do que nunca. É o beco sem saída da morte. Pois bem, façamos o contrário! O que é que temos a perder?


O mundo de ilusão falso e mentiroso que construamos para assegurar a nossa sobrevivência, chama-se Trabalhar, Sofrer, Envelhecer, Morrer. É triste, limitado, sofredor e mortal. Mas conhecemo-lo. Um famoso ditado popular diz: “Há Duas coisas são inevitáveis, os impostos e a morte”. Deste modo os peixes graúdos continuam a comer os pequenos. E chamamos a isto democracia!
Para mim, o jogo não compensa. Acabou-se a sobrevivência e o mundo de ilusão. Especialmente desde que sei quem sou, uma pessoa soberana, criadora ilimitada. Decido fazer STOP & 180 º graus na minha vida. Doravante, farei exactamente o contrário daquilo que fazia desde sempre enquanto ovelha separada, dividida, assustada e mortal. Eu proclamo que “Duas coisas são evitáveis, os impostos e a morte”.
Resta-me portanto aprender a viver como ser divino que sou. À falta de guia, perguntei a mim mesma como é que faz Diesa e treino-me para fazer a mesma coisa. Isto dá lugar a situações espantosas, por vezes são perturbadoras e traz à luz medos que o são ainda com maior intensidade."

Guylaine Lanctot - médica escritora e ensaista

Sem comentários: