O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

quinta-feira, maio 21, 2020

MULHERES COM LILITH

 

JOANA SAAHIRAH - International Dancer, Teacher, Choreographer and author of "The Secrets of Egypt - Dance, Life…"

Lendo "Lilith" de Rosa Leonor Pedro
Tão crua e despida como Lilith, avanço por palavras, ideias, perguntas. Avanço pelo livro adentro como quem avança dentro de si.

"A mulher comum continua a reflectir sobre a outra mulher nas mais arcaicas manifestações de inveja e ciúme, raiva e ódio. No fundo, uma paixão por si camuflada de ódio. Afinal, um desejo de si, mal suportado, quando se sente ameaçada perante aquela mulher mais forte, ou mais audaz, que lhe sugere ou espelha o que ela não tenha consciencializado."
 
Excerto do livro Lilith A Mulher Primordial

 

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