UMA VISÃO LUCIDA DE UMA MULHER CORAJOSA!
Eram "15 dias para achar a curva", foram quase 2 anos de suspensão de direitos elementares, os mais importante, a liberdade, o afecto e a sociabilização. 2 anos depois vemos a ligeireza com que se ameaça retirar ainda mais direitos e temos uma curva - uma curva ascendente e imparável de médicos a abandonar o Serviço Nacional de Saúde e enfermeiros a emigrarem.
A absoluta ingenuidade com que milhares de pessoas aceitaram que os serviços de saúde não tinham capacidade para lidar com a pandemia e nunca se questionaram sobre a organização, racionalização, gestão, qualidade do trabalho dos profissionais de saúde, propondo em alternativa confinamentos e suspensão de direitos é um case study. Para que fique claro sou pró vacinas em geral, desde que comprovadamente seguras e eficazes, não tenho uma argola à volta da minha foto a dizer "acredito na ciência", porque a ciência não é matéria de crença ou fé, mas demonstração (tirai essa peça de obscurantismo - acredita-se na nossa senhora de Fátima, a ciência é um pouco mais exigente); sou, como as centenas de milhares de manifestantes que desfilaram estes dias na Holanda, na Austrália, na Áustria, de repente acusados de serem todos de extrema-direita (para o vulgaris treinador de bancada tudo é assim, de extrema algo, mecânico, se a explicação não é assim básica e vulgar, não deve ser boa) com cartazes a dizer "anti fascista e contra as medidas Covid", "anti racista e contra as medidas covid" "pró vacinas e contra as medidas Covid". A pandemia tem as costas largas, os salários indecentes de médicos, enfermeiros e auxiliares; o sofrimento ético, a exaustão, o burnout e a perda de sentido do trabalho, o esboroar de equipas coesas, o fim das hierarquias eleitas democraticamente, a ausência de reposição de quadros especialistas para formação, a quimera da exclusividade opcional (ide a um hospital às 3 da tarde, está virtualmente vazio porque 70 a 95% dos médicos do privado são do SNS), tudo isso cai agora, demagogicamente - para não dizer com uma lata que só quem governa esta declínio pode ter -, na conta da pandemia. Venham mais uns confinamentos para salvarmos o SNS (sempre achei que era o SNS que tinha obrigação de nos salvar a nós). E a conta, qual neoliberal sincero, cairá toda na responsabilidade de cada um que não usou a máscara no nariz, não higienizou as mãos devidamente e ainda teve a desfaçatez de visitar os avós, às portas da morte. Quem não acredita que o SNS era excelente nos anos 80 e daí para cá foi destruído, é negacionista. As centenas de milhares que invadiram as ruas da Europa e da Austrália com cartazes de esquerda exigindo democracia e saúde, contra o abusos de poder do Estado, reclamando os mais avançados valores, são no fundo de extrema-direita. Os "crentes" na ciência, assim se apresentam, avisam - não havia alternativa!
Raquel Varela
A absoluta ingenuidade com que milhares de pessoas aceitaram que os serviços de saúde não tinham capacidade para lidar com a pandemia e nunca se questionaram sobre a organização, racionalização, gestão, qualidade do trabalho dos profissionais de saúde, propondo em alternativa confinamentos e suspensão de direitos é um case study. Para que fique claro sou pró vacinas em geral, desde que comprovadamente seguras e eficazes, não tenho uma argola à volta da minha foto a dizer "acredito na ciência", porque a ciência não é matéria de crença ou fé, mas demonstração (tirai essa peça de obscurantismo - acredita-se na nossa senhora de Fátima, a ciência é um pouco mais exigente); sou, como as centenas de milhares de manifestantes que desfilaram estes dias na Holanda, na Austrália, na Áustria, de repente acusados de serem todos de extrema-direita (para o vulgaris treinador de bancada tudo é assim, de extrema algo, mecânico, se a explicação não é assim básica e vulgar, não deve ser boa) com cartazes a dizer "anti fascista e contra as medidas Covid", "anti racista e contra as medidas covid" "pró vacinas e contra as medidas Covid". A pandemia tem as costas largas, os salários indecentes de médicos, enfermeiros e auxiliares; o sofrimento ético, a exaustão, o burnout e a perda de sentido do trabalho, o esboroar de equipas coesas, o fim das hierarquias eleitas democraticamente, a ausência de reposição de quadros especialistas para formação, a quimera da exclusividade opcional (ide a um hospital às 3 da tarde, está virtualmente vazio porque 70 a 95% dos médicos do privado são do SNS), tudo isso cai agora, demagogicamente - para não dizer com uma lata que só quem governa esta declínio pode ter -, na conta da pandemia. Venham mais uns confinamentos para salvarmos o SNS (sempre achei que era o SNS que tinha obrigação de nos salvar a nós). E a conta, qual neoliberal sincero, cairá toda na responsabilidade de cada um que não usou a máscara no nariz, não higienizou as mãos devidamente e ainda teve a desfaçatez de visitar os avós, às portas da morte. Quem não acredita que o SNS era excelente nos anos 80 e daí para cá foi destruído, é negacionista. As centenas de milhares que invadiram as ruas da Europa e da Austrália com cartazes de esquerda exigindo democracia e saúde, contra o abusos de poder do Estado, reclamando os mais avançados valores, são no fundo de extrema-direita. Os "crentes" na ciência, assim se apresentam, avisam - não havia alternativa!
Raquel Varela
1 comentário:
Não era as feministas que falavam que a mulher podia fazer o que quiser, e agora querem todo mundo em cárcere em casa
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