O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

terça-feira, janeiro 27, 2009

" HAVIA DOIS TIPOS DE MULHERES"...


Cristãos e muçulmanos em Portugal, quando não havia "eles" e "nós"
“Público”, 17.01.2009, Alexandra Prado Coelho

Casar com um muçulmano pode ser "um monte de sarilhos" disse o cardeal-patriarca de Lisboa. O arqueólogo Cláudio Torres diz que no século XI era difícil distinguir uns dos outros.
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Casamentos e negócios

Se passarmos para as classes mais altas, as diferenças também não são fundamentais. Os muçulmanos fazem tal como os cristãos. "Os nossos aristocratas iam buscar a mulher a outra casa nobre, onde pudessem enriquecer a sua estirpe. Isso não impedia que, de repente, se surgia mais um negócio, mais uma guerra, essa mulher fosse repudiada e se fosse buscar outra. Era tudo em função de interesses políticos. E o Papa sempre sancionou essas expulsões, chamadas 'divórcios'."
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O casamento era, acima de tudo, um acordo. "São negócios, acordos familiares, de clãs. As casas comerciais que dominam o Mediterrâneo são familiares." E, tal como na sociedade grega clássica – "aquela que é habitualmente endeusada" –, havia na sociedade do Al-Andaluz (a Península Ibérica no período do domínio islâmico) dois tipos de mulheres: "As que tinham os filhos, e que estavam em casa, não podiam sequer sair à rua; e as outras, as intelectuais, que iam às festas, sabiam tocar, dançar, faziam poemas." Estas eram mulheres livres, mas "ninguém arriscava casar com elas". Mais uma vez era o pragmatismo que dominava. "A continuidade do clã tem que ser garantida. Não se pode deixar a mulher que será mãe dos filhos fora de casa porque é perigoso, o gene da família pode ser modificado."

Aliás, sublinha o arqueólogo, "o nosso cristianismo primitivo era tão ou mais repressivo com a mulher como o islão nessa altura". No mundo cristão medieval, por exemplo, "a mulher estava mais do que confinada". Islão e cristianismo são "religiões que vêm das mesmas origens, dos mesmos princípios", por isso é natural que tenham práticas semelhantes. "(...)
(FIM DE CITAÇÃO)

À PARTE O NEGÓCIO, "UM MONTE DE SARILHOS" É CASAR SEJA COM UM CRISTÃO SEJA COM UM MUÇULMANO...E DEPOIS NÃO PERCEBO PORQUÊ É QUE ESTES VELHOS CELIBATÁRIOS TÊM DE DAR CONSELHOS ÀS RAPARIGAS NOVAS...

DE QUALQUER MODO AFINAL NÃO MUDOU MUITO EM RELAÇÃO À MULHER, EMBORA SE PENSE QUE SIM, MAS...HOUVE SEMPRE DOIS TIPOS DE MULHERES...

Agora é o Exército que em Portugal procura aliciar as mulheres para a vida militar...as delícias da guerra...enquanto em Israel há mulheres soldados à força que se recusam a envadir e a matar outros seres humanos e são presas...

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