O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

quarta-feira, fevereiro 27, 2002

Nota à margem

Li ontem um jornalista muito inflamado e indignado com o Prémio Nobel da Literatura português, José Saramago, porque este mais uma vez perguntava que utilidade teria ir a Marte ver se há água quando a água do planeta está toda poluída e não se faz nada...
Ou com os milhões de dólares que se gastam em buscas de outros planetas não se tratam doenças e ainda antes disso o sofrimento atroz e a fome, digo eu...
Em nome da Ciência... abandona-se a raça humana à procura de pedras... ou o que seja e nem que fosse outro ouro qualquer, mais valia SIM, tratar da TERRA!

Como sempre o homem vai procurar no quintal do vizinho o que devia procurar no seu...

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