Toda a vida procurei a palavra mágica ou a chave ou o "Ábre-te Sésamo"...e enfim já com idade para ter juizo, ainda não deixei esse vício e tenho a tendência permanente da palavra que salva ou acarinha ou a resposta incisiva que liberta da angústia ou de um sorriso que anime ou até de um toque mágico que cure...Quero ser útil à força...
Meu Deus, não magoar ninguém... nunca fazer chorar ninguém...Será uma memória egipsia? Sim, para os egipsios, o pior no momento da pesagem do coração pela Deusa Maat _ o coração para ser liberto teria de pesar tanto como uma pena (símbolo da Deusa) no outro prato da balança _ era garantir que ninguém teria chorado por nossa causa... ou por outra: que nunca tínhamos feito ninguém chorar...e esta era a sua Ética, superior a todos os princípios e noções que os homens inventaram depois deles...
As mulheres no mundo não tem feito outra coisa que não seja chorar os homens...mas podem me dizer se eu estou, como é hábito a exagerar...
O SORRISO DE PANDORA
“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja.
Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto.
Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado
Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “
In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam
Sem comentários:
Enviar um comentário