O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

sábado, fevereiro 09, 2002

Afinal, tanta complexidade,
tanto drama de amor e ódio, despeito e entrega, procura e encontro,
sonhos e quimeras, crenças e deseperos, nesta passagem efémera em corpos de carne e osso...
frágeis, voláteis
como se a vida fosse sonho ou fantasia de carnaval, sim o festival da carne, do engodo, do teatro da ternura e da sensação...
o ruído a cor...festa e dor... como nascer e morrer, cada dia uns e outros e esquecemos e dançamos nos braços de uns e outros e logo nos matamos ou nos roubamos outros rostos a normalidade aparente ou a loucura declarada na Babel do mundo.
Todos nós os rostos de um só rosto invisível que se julga diferente e singular, inteligente e amante ou triste e solitário, abandonado... novo e velho, esposa e amante, criança...
o tempo a girar na roda da sorte somos todos o que somos: tudo e nada...

Sem comentários: