O SORRISO DE PANDORA
“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja.
Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto.
Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado
Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “
In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam
terça-feira, fevereiro 26, 2002
SACRIFÍCIO
Gosto dos egípsios,
queria voltar aos seus templos antigos,
à sua vida vida simples e pura...
Está viva ainda na minha alma a imagem de Ptat.
Sobe na minha coluna o fogo da origem
e os meus braços abertos o seu doce fluxo recebem.
Abraço Shekmit e os seus seios descobertos
e deito-me no seu manto de rainha escarlate.
Ofereço-me em sacrifício a Bastet,
para ver os seus olhos amendoas de gata sorrirem...
Ficar presa nos seus sortilégios,
ser iniciada nos mais altos Mistérios,
e poder olhar de frente Ra, Amon e Maat.
in "Mulher Incesto" - Sonata E Prelúdio"
A minha devoção a Bastet é incondicinal.
E qualquer gata do templo ou da rua, bandida ou nua, abandonada ou mimada pode contar comigo...
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