Contra-reflexões...
Todos os dia, quando abro esta página, hesito entre a literatura e a filosofia ou a poesia...
Penso nas frases maravilhosas que li, nas frases fantásticas que colecciono de filósofos e grandes pensadores, os poemas lindíssimos de poetas incríveis, as grandes promessas da Idade do Ouro...a Nova Era, os Anjos e os Arcanjos...Nos Mestres Ascenços e nos que fazem conferências, nas meditações e nos chakras...
Penso em tudo isso para publicar aqui, qualquer coisa mais positiva e luminosa...mas depois tenho esta evidência da violência contra as mulheres em todo o mundo e penso nesta cegueira social e psicológica, nesta farsa humana de crenças e egoísmos transcendentais, tudo a fingir que é espiritual e elevado e se calhar a dar pancada na mulher como aquele meu "professor" comunista que arrastava a mulher da cama pelos cabelos...E ERA UMA SUMIDADE...
Talvez esteja errada e devia concentrar-me no ara...ou no chakra raíz...pensar nos extra-terrestres e grandes almas que para aí pairam a querer fazer-nos evoluir ou sair deste inferno que é a Terra...
Mas cedo à desgraça e caio no mais baixo astral...é que não suporto ser Mulher e ver outras mulheres a sofrer. E enquanto a Mulher e a Mãe sofrerem, as crianças sofrerão e os homens serão umas bestas...
Mas a dúvida persiste... será que os Anjos, a numeralogia...a Consciência do Eu Superior etc. me tornariam imune ao sofrimento? Me elevariam ao Nirvana, sim ou ao Samadi dentro de mim eu toda Luz a jorrar paz e amor e assim seria feliz tanto na Terra como no Céu?
O SORRISO DE PANDORA
“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja.
Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto.
Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado
Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “
In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam
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