O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

sábado, junho 14, 2008

UMA GRANDE SENHORA

Rose Marie Muraro
“O mundo com mais mulheres tem menos guerra, menos violência e menos corrupção”

"Eu não conheço correntes feministas. Há movimentos feministas que tratam mais da política, movimentos feministas que tratam mais da ligação da mulher com a sustentabilidade do meio ambiente e outros que tratam da condição da mulher, principalmente do problema da violência, que é o problema básico da sociedade humana. Refiro-me à violência doméstica, dos pais sobre as crianças e do homem sobre a mulher, que originam a violência do homem sobre o homem. Na Pré-História, enquanto não houve a violência da sociedade contra a mulher, não houve guerras. Quando começou a violência contra a mulher, que é a primeira de todas, porque a mulher era mais fraca que o homem, aí começa a violência dos mais fortes contra os mais fracos. E a causa disso é que a criança aprende, desde que nasce, que uns apanham e outros batem. E isso não é coisa pequena. Eu estava nos Estados Unidos, em 1988, quando se fazia uma pesquisa representativa da nação americana, com a qual se descobriu que 66% de todas as mulheres, ou apanhavam, ou tinham apanhado de pais ou de maridos. A grossa maioria das mulheres apanha. E isso legitima a violência do homem contra o homem. É natural que o homem seja mais violento contra a mulher, então é natural que seja mais violento contra o homem.

Tratar da violência contra a mulher é tratar da violência do homem contra o homem.

A Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, quando fez a lei Maria da Penha[1], sobre a violência doméstica, tornando-a crime hediondo, fez um trabalho incrível. Esse tema está muito difundido na sociedade, e a mulher hoje sabe que ela não deve apanhar. Não é mais como o Nelson Rodrigues[2] dizia, que mulher gosta de apanhar e só as neuróticas reagem. Hoje, todas as mulheres somos neuróticas, porque reagimos em favor da justiça.
(...)

Não vejo uma sociedade de mulheres, o que seria uma perversão. Eu vejo uma sociedade com igual participação de homens e mulheres. A natureza fez o homem e a mulher. Falar de uma sociedade em que a mulher seja hegemônica, é trocar o sinal da dominação de mais por menos, então não muda nada. Eu vejo uma sociedade andrógina, em que homem e mulher tenham o mesmo protagonismo, uma sociedade mais pacífica, menos corrupta. Há um estudo do Banco Mundial, que mostra uma correlação significativa entre a entrada da mulher no mercado de trabalho e a diminuição da corrupção. Esse estudo foi feito em 121 países. Essa é uma das coisas mais importantes que eu já vi na minha vida. O mundo, quando tem mais mulheres, tem menos guerra, menos violência e menos corrupção. (...)

HOMENAGEM A UMA GRANDE MULHER, REFERÊNCIA DE PORTE DO FEMINISMO BRASILEIRO - pela continuação das suas melhores e que continue a ser a voz activa no planeta para bem da nossa Terra Mãe.

4 comentários:

Lealdade Feminina disse...

Por enquanto apenas nós duas Rosinha...

Onde estão as outras mulheres, qdo a proposta não é pra jogar pedras nas mulheres do filme e sim fazer uma homenagem a uma mulher que é a base de toda a causa feminina no Brasil?

Anónimo disse...

Rosa querida,

Coloquei um link pro teu blog lá no meu, agora você é uma das Rainhas das Cartas da minha Realeza!

Abração!

Anónimo disse...

O Absoluta e eu pessoalmente nos irmanamos a essa homenagem. Luz e paz, RICARDO


ABSOLUTA Site
http://www.absoluta-online.com.br

ABSOLUTA Blog
http://absolutablog.blogspot.com
http://aniversarioabsoluta.blogspot.com

YINSIGHTS
http://yinsights.blogspot.com

Blog pessoal
http://ricardomartins1111.blogspot.com

Anónimo disse...

Obrigada meus queridos pela atenção e carinho


um grande abraço

rosa leonor