“O mundo com mais mulheres tem menos guerra, menos violência e menos corrupção”
"Eu não conheço correntes feministas. Há movimentos feministas que tratam mais da política, movimentos feministas que tratam mais da ligação da mulher com a sustentabilidade do meio ambiente e outros que tratam da condição da mulher, principalmente do problema da violência, que é o problema básico da sociedade humana. Refiro-me à violência doméstica, dos pais sobre as crianças e do homem sobre a mulher, que originam a violência do homem sobre o homem. Na Pré-História, enquanto não houve a violência da sociedade contra a mulher, não houve guerras. Quando começou a violência contra a mulher, que é a primeira de todas, porque a mulher era mais fraca que o homem, aí começa a violência dos mais fortes contra os mais fracos. E a causa disso é que a criança aprende, desde que nasce, que uns apanham e outros batem. E isso não é coisa pequena. Eu estava nos Estados Unidos, em 1988, quando se fazia uma pesquisa representativa da nação americana, com a qual se descobriu que 66% de todas as mulheres, ou apanhavam, ou tinham apanhado de pais ou de maridos. A grossa maioria das mulheres apanha. E isso legitima a violência do homem contra o homem. É natural que o homem seja mais violento contra a mulher, então é natural que seja mais violento contra o homem.
Tratar da violência contra a mulher é tratar da violência do homem contra o homem.
A Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, quando fez a lei Maria da Penha[1], sobre a violência doméstica, tornando-a crime hediondo, fez um trabalho incrível. Esse tema está muito difundido na sociedade, e a mulher hoje sabe que ela não deve apanhar. Não é mais como o Nelson Rodrigues[2] dizia, que mulher gosta de apanhar e só as neuróticas reagem. Hoje, todas as mulheres somos neuróticas, porque reagimos em favor da justiça.
(...)
Não vejo uma sociedade de mulheres, o que seria uma perversão. Eu vejo uma sociedade com igual participação de homens e mulheres. A natureza fez o homem e a mulher. Falar de uma sociedade em que a mulher seja hegemônica, é trocar o sinal da dominação de mais por menos, então não muda nada. Eu vejo uma sociedade andrógina, em que homem e mulher tenham o mesmo protagonismo, uma sociedade mais pacífica, menos corrupta. Há um estudo do Banco Mundial, que mostra uma correlação significativa entre a entrada da mulher no mercado de trabalho e a diminuição da corrupção. Esse estudo foi feito em 121 países. Essa é uma das coisas mais importantes que eu já vi na minha vida. O mundo, quando tem mais mulheres, tem menos guerra, menos violência e menos corrupção. (...)
HOMENAGEM A UMA GRANDE MULHER, REFERÊNCIA DE PORTE DO FEMINISMO BRASILEIRO - pela continuação das suas melhores e que continue a ser a voz activa no planeta para bem da nossa Terra Mãe.
4 comentários:
Por enquanto apenas nós duas Rosinha...
Onde estão as outras mulheres, qdo a proposta não é pra jogar pedras nas mulheres do filme e sim fazer uma homenagem a uma mulher que é a base de toda a causa feminina no Brasil?
Rosa querida,
Coloquei um link pro teu blog lá no meu, agora você é uma das Rainhas das Cartas da minha Realeza!
Abração!
O Absoluta e eu pessoalmente nos irmanamos a essa homenagem. Luz e paz, RICARDO
ABSOLUTA Site
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YINSIGHTS
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Blog pessoal
http://ricardomartins1111.blogspot.com
Obrigada meus queridos pela atenção e carinho
um grande abraço
rosa leonor
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