A EUTANÁSIA
Onde estará a Alma do Mundo?!
“Tudo o que existe tem expressão, mas há em nós uma zona inexpressiva: a do Sagrado” in LUZ CENTRAL- Ernesto Sampaio
O exacerbado materialismo da nossa época e o materialismo dialético como alienação pura do sentido do Sagrado da Vida - não do religioso - leva as pessoas a dizerem as maiores barbaridades sobre a "sua vida" e a sua morte...
Esta onda esquizoide - Boco de Esquerda e Comunistas e os artistas televisivos e da ribalta citadina - de sermos donos da nossa vida e podermos morrer como e quando queremos ou mudarmos de sexo como nos apetece e viver apenas como organismos, seres mecânicos, escravos do consumo - é apanágio de gente sem dimensão espiritual nem ontológica que vê a vida sobre o único tópico do "produzir consumir e morrer".
Sim, matem-se enterrem-se ...porque já estão mortos para a ALMA...
NÃO, "Ninguém sabe ainda se tudo vive só para morrer ou só morre para renascer." - Marguerite Yourcenar
De um lado temos a ideia de suicídio como um crime associada à Eutanásia que suscita indignação e repulsa na maior parte das pessoas conservadoras e religiosas e não só, apavoradas pela ideia de morte antecipada. É natural que assim seja para algumas pessoas sem qualquer noção de morte ou do seu significado profundo, metafisico, e que por outro lado elas queiram agarrar a vida para além do sofrimento e da “indignidade” da doença. Há sempre uma "esperança de vida”... mesmo com oitenta ou cem anos, mesmo sem se saber porque se vive!
Antigamente, as pessoas morriam de velhice ou doença, mas agora as pessoas ficam indefinidamente amarradas a uma cama ou ligadas a uma máquina... para manter essa esperança de vida, e certamente por medo da morte as pessoas adiam esse momento com químicos e drogas. Ou então como é o caso cria-se um novo dogma que é o imperativo dos impérios farmacêuticos: vender a todo o custo mais medicamentos e máquinas! Faz-se tudo para impedir a pessoa de morrer naturalmente, a única morte digna que conheço... Agora porém há outro imperativo em marcha...fazer morrer os velhos e doentes que são inúteis a sociedade e reduzir a população mundial...
Mas agora vamos enfrentar a ideia oposta, o contrário da ideia inicial...ou o seu extremo oposto: morrer com dignidade - este equívoco tremendo a que a ciência incorre em reduzir a vida e a morte a umas opções científicas e moralistas dá lugar aos maiores conflitos e pior do que isso à grande alienação do Espírito ou de Deus...
Não digo Deus como Juiz que castiga, mas como uma justiça suprema que não entendemos. Não digo Deus como todo ser todo poderoso e misericordioso e outros slogans da Igreja, mas o Deus da Lei e da Energia Cósmica que dá origem a tudo - tudo o que existe na terra e arredores... o céu e o infinito...e que nenhum homem abarca por mais sábio que seja e menos ainda o cientista...
A minha ideia é que poucas pessoas têm consciência do valor intrínseco da vida em si ou da qualidade da sua vida em essência. O apego e a posse quer à vida quer aos bens que se acumulam levam as pessoas a identificarem-se com o exterior e pouco com a sua essência que desconhecem. O prazer aleatório, a fuga à dor, ou ao peso da consciência adormecida como busca de felicidade ao nível superficial, cria outro grande equívoco: considerar o sofrimento inútil ou indigno.
A essência da vida está muito além da forma física e da aparência de tudo que consideramos ser a realidade ou a felicidade. Não é apenas uma questão de fé ou de crença, mas de consciência de que o ser humano é mais que a sua corporalidade ou o seu intelecto. A Alma é essa essência invisível que só a experiência directa do nosso ser confirma e nos dá não a esperança de continuidade mas de perenidade. Se assim fosse e esse é o ponto de evolução individual que devia também ser social senão dos especialistas da doença que são os médicos em geral e cuja maioria não tem consciência nenhuma da consciência ou do espirito ou da alma como partes integrantes do nosso ser, muitos desses problemas deixariam de existir. A ciência redutora e impotente como é, só pode buscar soluções exteriores ou sejam técnicas e mentais...
Na medicina, não há cura para as doenças mas remédios.
A verdadeira humanidade tem de passar pela transcendência uma vez que o ser humano é um todo indissociável, corpo-alma-espírito. Porque a ciência ignora o espírito ou a essência debruçando-se apenas sobre a substância e a matéria, não pode tecnicamente responder às questões essenciais que fazem dessa ignorância o drama humano. O médico não é senão um técnico sem formação humanista nem psicológica adequada, e por isso não pode lidar com a morte, o grande ritual de passagem da substância à essência, tal como o nascimento é passagem da essência à substância... Um dar à Luz que é descida à escuridão quando a morte é uma subida á energia - luz - essência. O padre que supostamente depois da morte cumpre um ritual, embora alegórico, também ele é só um “técnico” ; só que baseado na crença e essa é a única diferença entre crentes e ateus.
Onde estará a Alma do Mundo?!
“É impossível pensarmos nas adjurações da sabedoria alquímica que introduzia igualmente a fisiologia no coração do conhecimento:
Não aprender, mas sofrer. Ou uma formulação latina análoga Non cogitat Qui non experitur “ *
Rosa leonor pedro
*Marguerite Yourcenar (in Mishima ou a visão do vazio)
A minha ideia é que poucas pessoas têm consciência do valor intrínseco da vida em si ou da qualidade da sua vida em essência. O apego e a posse quer à vida quer aos bens que se acumulam levam as pessoas a identificarem-se com o exterior e pouco com a sua essência que desconhecem. O prazer aleatório, a fuga à dor, ou ao peso da consciência adormecida como busca de felicidade ao nível superficial, cria outro grande equívoco: considerar o sofrimento inútil ou indigno.
A essência da vida está muito além da forma física e da aparência de tudo que consideramos ser a realidade ou a felicidade. Não é apenas uma questão de fé ou de crença, mas de consciência de que o ser humano é mais que a sua corporalidade ou o seu intelecto. A Alma é essa essência invisível que só a experiência directa do nosso ser confirma e nos dá não a esperança de continuidade mas de perenidade. Se assim fosse e esse é o ponto de evolução individual que devia também ser social senão dos especialistas da doença que são os médicos em geral e cuja maioria não tem consciência nenhuma da consciência ou do espirito ou da alma como partes integrantes do nosso ser, muitos desses problemas deixariam de existir. A ciência redutora e impotente como é, só pode buscar soluções exteriores ou sejam técnicas e mentais...
Na medicina, não há cura para as doenças mas remédios.
A verdadeira humanidade tem de passar pela transcendência uma vez que o ser humano é um todo indissociável, corpo-alma-espírito. Porque a ciência ignora o espírito ou a essência debruçando-se apenas sobre a substância e a matéria, não pode tecnicamente responder às questões essenciais que fazem dessa ignorância o drama humano. O médico não é senão um técnico sem formação humanista nem psicológica adequada, e por isso não pode lidar com a morte, o grande ritual de passagem da substância à essência, tal como o nascimento é passagem da essência à substância... Um dar à Luz que é descida à escuridão quando a morte é uma subida á energia - luz - essência. O padre que supostamente depois da morte cumpre um ritual, embora alegórico, também ele é só um “técnico” ; só que baseado na crença e essa é a única diferença entre crentes e ateus.
Onde estará a Alma do Mundo?!
“É impossível pensarmos nas adjurações da sabedoria alquímica que introduzia igualmente a fisiologia no coração do conhecimento:
Não aprender, mas sofrer. Ou uma formulação latina análoga Non cogitat Qui non experitur “ *
Rosa leonor pedro
*Marguerite Yourcenar (in Mishima ou a visão do vazio)
Sem comentários:
Enviar um comentário