O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

terça-feira, janeiro 10, 2023

"Nem todos os rituais são tão felizes.



"Nem todos os rituais são tão felizes. Às vezes o nosso grupo traz a Deusa à consciência através de um aborto, uma histerectomia, a menopausa, uma doença terminal ou morte.
O padrão é constante - o terror da separação, a morte do velho, o sacrifício, a rendição pelos ritos de passagem, o renascimento.
Sempre o ritual conecta cada uma de nós às suas profundezas interiores onde estamos Unas com @ outr@ e o Poder Transcendente; sempre reconhecemos quando estamos entrando no espaço sagrado, ESTÃO lá, e depois saímos.
A demarcação dos mundos sagrados e profanos purifica ambos. Porque muitas mulheres nunca souberam o que é valorizar os seus próprios corpos, rituais que envolvem toda a sua musculatura podem tornar-se poderosos ritos de mistério. Enquanto os fatos exteriores podem ser descritos, a transformação interior é velada em silêncio. O poder do amor transformador não pode ser articulado.
Grupos de mulheres que se amam e apoiam umas às outras na tentativa de encontrar os seus próprios ritmos e valores femininos são as pedras de toque do crescente reconhecimento do significado da feminilidade. "

- Marion Woodman, Do Concreto à Consciência: A Emergência do Feminino, em Betwixt e Between: Patterns of Masculine and Feminine Initiation, editado por Louise Carus Mahdi, Steven Foster, Meredith Little (1998)


Sem comentários: