O SORRISO DE PANDORA
“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja.
Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto.
Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado
Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “
In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam
domingo, agosto 18, 2002
...aqui a imagem anterior sumiu...
"OS NOSSOS PERFEITOS COMPANHEIROS
NUNCA TÊM MENOS DE QUATRO PATAS."
COLETTE
"Elas são a engenharia de tudo,
a suspensão de tudo, e não dizem"
Mulheres, umas santas.
Mães quietas e evaporadas
são as mulheres que não
respondem à malícia
nem afirmam inocências.
Mulheres que agarram
as pernas tombadas
e não odeiam quem as fez tombar;
que fecham os olhos para o punho
de quem não as possuiu
mas rebentou-as;
e fecham no ventre
o recanto de ninar
e fecham na boca o segredo
da complacência e perdão.
Umas santas,
elas recebem inimigos
como fossem amantes
como fossem aqueles
que chegam pisando a terra
e cavam com os dedos o espaço
de uma criança em jazigo ou gestação.
Mulheres que se abrem à tortura
como bichos levados para o meio
de um abatedouro sem portas.
Mulheres deixadas na terra
para erguer o assassino e dizê-lo bom.
Permitem a selvageria
sem gestos contra a dor
contra a urgência do fim do mundo.
Umas santas.
in "TraJetória de Antes" de MARIANA IANELLI
AQUI A IMAGEM SUMIU...E AGORA É DIFÍCIL ENCONTRAR UM GATO IGUAL, MAS RESPEITO A INTERDIÇÃO...
...VIENS MON BEAU CHAT SUR MON COEUR AMOREUX...
BAUDELAIRE
GEIS
Como um leão enjaulado uma fera
dou voltas à casa à tua espera...
Pareço uma megera:
Preparo-me para fazer feitiços, poções mágicas
e outras ablações, para que não me esqueças...
Preparo o caldeirão,
toma atenção nunca me deixes...
Sou um dragão :
Deito chamas pela boca
que me vêm directamente do coraÇão
e como um dardo,
flamejo o peito de quem não me obedece...
(...)
in "MULHER INCESTO - Sonata e Prelúdio"
"MULHERES & DEUSAS":
O profano e sagrado de mãos dadas...
O Profano não é senão o recinto anterior à entrada dos Mistérios ou Portal Sagrado.
Profano é aquele que espera à Porta, a iniciação ao seu feminino, seja ele homem ou mulher ....
"A via não é fácil:Ora, lege, lege,lege, relege, labora et invenies. (Reza, lê, lê, lê, relê, trabalha e descobrirás.) É necessária a meditação prolongada, o trabalho, até se obter a Illuminação final"
"LITERATURA E ALQUIMIA" -Y.K.Centeno
"Croire aux images est le secret du dynamisme psychique." (G. Bacherard)
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