O SORRISO DE PANDORA
“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja.
Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto.
Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado
Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “
In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam
sexta-feira, agosto 09, 2002
"Eles tomam, sonhando, nobres atitudes.
Grandes esfínges alongadas no fundo das solidões
que parecem dormir um sono sem fim."
BAUDELAIRE
OS Gatos são a nossa paixão abençoada
pela alma que põem no que são e no que sabem,
pela ternura que guardam no que escondem.
São os gatos de Baudelaire, de Eliot e Paul Klee,
os da rua, do oriente ou do universo,
os gatos gémeos das estrelas e das mariposas,
os gatos que se perdem entre as açucenas,
os guardiões da alquimia do não dito.
Pela boca dos gatos diz-se a liberdade
de quem se dá só a quem ama.
Perfil bordado sobre os panos de luar.
(...)
JOSÉ JORGE LETRIA
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