“As mulheres por vezes ficam histéricas e fazem e dizem as coisas mais estranhas.
Mas esta observação vai dar a volta e morder a própria cauda:
talvez a verdade da vida e do viver resida nas estranhas coisas que as mulheres
fazem e dizem quando estão histéricas”
“As Duas Vozes”- LIVRO de William Golding
...É que convém não esquecer, as mulheres ainda não recuperaram a sua verdadeira VOZ! As duas vozes correspondem à voz da razão e à voz do coração e são atribuidas respectivamente uma ao homem e a outra à mulher, mas a mulher pelo seu dom inato pode e deve usar as duas vozes em sintonia, sem perder a noção das realidades.
O "histerismo" aparece históricamente, quando as mulheres, através de Cassandra, simbolicamente, como a última sacerdotisa da Deusa, foi feita prisioneira em Tróia, último reduto do culto da Mãe Terra e por esta não aceitar submeter-se a Apolo este votou-a ao decrétito, quando já tinha usurpando o culto da Deusa e dos Oráculos de Delfos. O histerismo corresponde, em termos psicológicos, à impossibilidade de a mulher exprimir a sua intuição e dar livre Voz ao que sente e a transcente, como penso que a esquizofrenia faz parte do mesmo tipo de repressão: não dar voz ao que se sente nem ao que está para além dos conceitos e interesses das sociedades patriarcais e os seus poderes instituidos.
É importante ouvir as vozes de dentro...e seguir a voz do coração. Mais do que importante é urgente!
Para isso a Mulher tem de ser Inteira e ainda não é...
Elle a une envie de femme. Envie de quoi ? Mais du Tout, du Grant Tout universel.
(…)A ce désir immense, profond, vaste comme une mer, elle succombe, elle sommeille. En ce moment, sans souvenir, sans haine ni pensé de vengeance, innocente malgré elle, elle dort sur la prairie, tout comme autre aurait fait, la brebis ou la colombe, descendue, épanouie, - je n’ose dire, amoureuse.
Elle a dormi, elle a rêve…Le beau rêve ! Et comment le dire ? C’est que le monstre merveilleux de la vie universelle, chez elle s’était englouti ; que désormais vie et mort, tout tenait dans ses entrailles, et qu’au prix de tant de douleurs elle avait conçu la Nature.
In « LA SORCIÈRE » - O LIVRO (de Michelet)
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