O SORRISO DE PANDORA
“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja.
Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto.
Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado
Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “
In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam
domingo, agosto 04, 2002
Nota:
Este excerto de um pequeno texto do BLOG: "EXPRESSÕES LETRADAS" alerta lùcidamente para as expectativas criadas neste espaço
e de que gostei francamente. Convém ler na íntegra.
A INTERNET
(...)
Mas a Internet tem um outro lado bem interessante - embora possa ser um ponto complicador: é aquele de criar mitos. Certamente, isso hoje acontece com menor frequência, mas ainda é parte desse cenário.
E é, também, uma consequência da solidão - na vertente que mais do que o anseio por amigos, está em busca de um amor.
Sempre achei a idealização algo perigoso. Dificilmente as pessoas correspondem ao modelo que nossa imaginação concebe. Por melhores que sejam, por mais bonitas e encantadoras, nunca estarão no nível da expectativa que um ser ansioso desenhou em sua memória.
Frustração é o resultado mais comum por trás dos bastidores de um computador. Num olho no olho, cai por terra a perfeição - que, na verdade, jamais cruzou os limites da lenda. É certo que as pessoas são passíveis de inventar para si mesmas qualquer personagem, mas, felizmente, não é possível enganar alguém todo o tempo.
Nessa via de muitas mãos, toda atenção é pouca para quem não quer despertar desejos alheios indevidamente. A virtualidade é uma delicada armadilha, capaz de nos enredar através de sentimentos tão susceptíveis quanto o sinal que nos conecta...
in "Expressões Letradas"
(não consegui por o Link!)
Por isso eu acho e esta é obviamente apenas a minha opinão, que deviamos ser mais veículos de alguma clareza
e liberdade de Espírito, criativos e independentes e
navegarmos entre a arte e a literatura e toda a informação válida, sem nos agarrarmos a ninguém
ou criar expectativas, projectando possíveis amores e amigos...
Fácil falar, não é? Quando se está bem longe...
Estou longe do Brasil e em Portugal estou longe por atitude...Nunca entrei num Chat!
E tive sorte porque as duas únicas pessoas que conheci pela Internet mantém a mesma atitude...
A DEUSA MAAT - DEUSA DA VERDADE E DA JUSTIÇA
(...)Qualquer que seja sua descrição, seu conteúdo é o mesmo, o coração deve ser tão leve como Maat para chegar a ser "O da palavra verdadeira" ou o "justificado" e poder entrar no reino de Osíris. Esta era a culminação das metas de qualquer egípcio, uma vez que a região do inframundo estava ao alcançe do povo em geral. A idéia conceitual de Maat também pode ser descrita como uma personificação da deusa. Muitos templos egípcios tem representações de cenas de culto onde o faraó ou o sumo sacerdote, sustenta em suas mãos elevadas uma
estatuinha de Maat que representa uma divindade criadora.
Desta forma a oferenda de Maat aos deuses como parte de um ritual diário no templo, simboliza a unidade, e a harmonia dentro do cosmos. Já que sua presença difundida profundamente dentro dos templos era a personificação da ordem cósmica, da ordem social e o comportamento da humanidade, já que estes valores ditam o nível de "retitude do grupo", já que "o mal é inerente ao não existente" e por tanto estava presente desde antes da criação.
Ainda a propósito da profanação da Mulher - resposta
Meu amigo: de que sistema me fala? Político e social? Mas os "sistemas" foram criados por quem?
Os Sistemas foram criados pelas sociedades em princípio de colisão e guerra, na divisão patriarcal
com o fim da dominação sobre os mais fracos, inicialmente só a mulher e depois o próprio homem...
A Natureza não precisa de sistemas...Nem o universo, mesmo aquele que nós chamamos o "sistema" solar-
- ele existe por si mesmo antes de nós pensarmos que é um sistema...
A Natureza é a prática. A teoria é invenção nossa...
Nunca deu certo nenhum sistema construído ou estudado pelos homens ao longo dos séculos:
temos um caos humano a que chamamos civilização...
Olhe bem à sua volte e veja os noticiários...É tudo antinatural.
As armas para nos defendermos dos nossos inimigos fantasmas, os carros para nos matarmos em velocidade,
as drogas e os químicos a prostituição e os impérios da sida e dos filmes para nos divertirmos...
O Universo baseia-se em dois princípios opostos e complementares que nós temos de integrar dentro, mas falta-nos o Fiel da Balança que é a consciência inata que perdemos! Por isso os egipsios tinham uma implacável Deusa - MAAT - que era a Deusa da Verdade e da Justiça ambas indissociáveis e aquele cujo coração pesasse mais do que uma pena na sua balança de equanimidade na hora da morte não era absolvido face à eternidade...Os homens dividiram e separaram tudo, tanto o que está em cima como o que está em baixo, pesando o prato só para o seu lado e por isso vivemos em pleno desequilíbrio, logo desigualdade de princípios. Aqui chegamos à profanação da Mulher e do princípio que ela própria, tal como o homem, este fazendo prevalecer o seu princípio de poder e dominação, enquanto o principio feminino fica reduzido às mulheres domesticadas e às bichas ridicularizadas...
Isto é o que me mostra a minha prática de vida...
Mas se calhar temos idades substancialmente distintas além dos princípios...
Gostei desta troca virtual, mas continuo sem perceber dessas "transferências" nem quem é você?
Português?
Advirto-o de que sou completamente neófita na Internet...
E o Blog ofereceram-mo todo feito e pronto a escrever...
e eu aventurei-me sem saber muito bem no que é que estou a meter-me...
Tá a ver?
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