O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

terça-feira, agosto 27, 2002




OUVIR AS VOZES

Já não escrevo mais cartas
Um ecran vazio presentemente
Prefiro rasgá-las.
Sem deixar de pensar em imagens esbatidas,
Sem deixar de sentir o conjunto absurdo
Destes pequenos nadas absurdos!
Na lua do canto dorme um silêncio profundo
Vou mergulhar de cabeça no lago da lua


Da rapariga "esquizofrénica" que me abraçou na rua... que diz que se chama Leonora...

Voltei a encontrá-la a vender os seus poemas na paragem do autocarro, ontem.
Reconheceu-me e perguntou-me eufóricamente se os seus poemas tinham qualidade...

Eu pensei que os poetas são sempres assim loucos, perdidos ou tristes
e eu também, só que não vendo poemas na rua...dou-o aos "amigos"...
No entanto, os meus poemas, também não são consentâneos, nem realistas...
São proibidos até na "New Age" que também já é uma velha história de vendidos...

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