O SORRISO DE PANDORA
“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja.
Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto.
Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado
Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “
In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam
terça-feira, janeiro 09, 2007
O PLANETA EM CONVULSÃO
Há pouco tempo dizia eu a uma amiga como nós tão dificilmente perdoamos a quem nos ofende; no entanto, a morte e acidentes, doenças e coisas tão graves que na vida acontecem, fora do nosso controle, nos sentimos apenas impotentes e até humildes. Contudo a uma pessoa que amemos, que julgamos que nos “traiu” ou que um gesto nos ofendeu, a essa não perdoamos e ficamos a remoer uma vingança quando não mesmo sentimos ódio ou matamos.
Os homens, se um “terrorista”, um inimigo de qualquer sistema, o atacar ou afrontar os seus valores e instituições, prende e mata o assassino, mas os cataclismo que levam e matam centenas de pessoas e destruem cidades, nada fazem para prevenir...se for um outro país a invadir ou matar pessoas também invadimos e matamos as populações inocentes com bombas atómicas, como em Hiroshima e Nagasaki. Mas se na terra cair um meteorito e nos esmagar a todos, somos igualmente impotentes e humildes e rezamos aos deuses... Nada podemos fazer... Pedimos ajuda divina, mas não vemos a nossa arrogância e orgulho e até bestialidade...
O “olho por olho, dente por dente” só é válido entre os “humanos”...não podemos ainda invadir Marte ou Vénus... Mas matamos animais frágeis por prazer e vaidade, torturamos animais para deles extrair peles e perfumes, massacramos cobaias para experiências científicas, destruímos as florestas, não respeitamos a terra, poluímos o mar, dizimamos espécies de peixes, golfinhos e baleias...
Torturamos pessoas em nome de Deus e de Justiça, em nome de ideais e crenças! Somos os animais mais predadores do Planeta.
Neste Planeta contudo são os homens que dominam há milhares de anos pela força metade da raça humana e as mulheres que vivem à parte são dominadas por eles através das suas leis e dogmas. Neste Planeta, as mulheres são submetidas a todas as afrontas e sofrimentos, são escravizadas, exploradas, delas se faz tráfico para as prostituírem como há milhares de anos os bárbaros faziam e não nenhuma tentativa série de resolver o problema indo a sua base...
Fala-se em civilizações, em educação, em evolução e ciência, mas as diferenças sociais e a miséria, a fome e as guerras feitas pelos homens, colocam mais de metade da humanidade em constante ameaça, morte, dor e miséria...Num lugar do Globo uma criança morre de fome a cada segundo...enquanto noutro lugar, há crianças a risco de morrer por enfarte de tanto comer, obesas...e gastam-se milhares de euros em cirurgias plásticas e outras operações para “salvar” moribundos de uma morte iminente, enquanto se matam inocentes com armas sofisticadas e automáticas...
As populações deste mundo são autómatos e escravos, presas a mercados e a trabalhar como escravos do consumo, com as correntes invisíveis das dívidas ao banco e ao fisco e a ostentar uma vida falsa enquanto a realidade da sua miséria e luta escondem dos vizinhos comprando carros de alta velocidade em que se matam. Os Governos, governam com o fim de manter os seus interesses “ideológicos” e de classe, lutas de Partidos, e as mais valias e ordenados milionários, as suas propriedades de família, ou adquiridas no tráfico de interesses, terrenos e imóveis com contas na Suíça...
O Planeta pode estar em convulsão, mas ninguém quer ver nada, perseguem-se ainda as velhas ideias e as ideologias já falidas ou as economias de mercado defendidos pelos grandes nomes das velhas famílias que dominam os Governos e promovem as guerras. Os povos nas intempéries e desastres ecológicos são mais ou menos abandonados à sua “sorte”...morrem aos milhares, como animais.
CONTINUAMOS TODOS MUITO “POLICAMENTE CORRECTOS”…
rlp
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