O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

domingo, janeiro 21, 2007

O PORTUGAL PROFUNDO E CATÓLICO...

SÃO ESTES OS ROSTOS DO "NÃO" QUE CONDENAM A MULHER À PRISÃO DEPOIS DE A CONDENAREM À MISÉRIA?


O QUE É QUE MUDOU EM PORTUGAL?
O PAÍS DOS PADRES E DOS JUÍZES?
DOS POLÍTICOS E DOS BISPOS?



FERNANDO PESSOA sabia...
E JÁ NÃO O PODERAM QUEIMAR OS SENHORES DA INQUISIÇÃO...


“É por isso que, sabendo nós que, actualmente, o cristianismo é o velho, o decadente, a esterilidade e o inútil – nós, conquanto não saibamos claramente, nem nitidamente prevejamos o que se lhe seguirá, temos ainda assim a consciência de que, atacando-o trabalhamos pela nova fé; (...) preparamos o terreno para o edifício novo; que, arrancando as plantas que degeneram em bravias, nós deixamos o lugar livre para a semente que germinará em planta, para no fim, degenerar também em bravia (...), e ser arrancada por outros, para que outras plantas novas nasçam, e assim indefinidamente e incompreensivelmente no suceder-se dos séculos, e em favor do mystério infinito.”


-Pintura de Nicolay Bessonov
Pela extrema expressividade das imagens e pela ambiguidade das mesmas tive de início alguma dificuldade em aceitá-las mas neste momento são muito adequadas...

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