O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

domingo, janeiro 28, 2007

MÉDICOS DO SÉCULO PASSADO: UM OLHAR JUSTO

"(...)Eu não compreendo como é que se pode ficar na dúvida, qundo se pode seguramente salvar a mãe em detrimento de um pequeno ser, que ainda não tem qualquer elo com a sociedade (...)
Velpeau - Médico francês que viveu entre 1795-1867

A MAIS SEGURA VIA DE SALVAR A MÃE

"Parece-nos que em harmonia com os princípios da ciência, livremente se pode avançar que todas as vezes que a gravidez, por si própria, ou pelo concurso doutras circunstâncias, for julgada uma causa de morte, mais ou menos próxima, para a mulher, e que o emprego de todos os outros meios terapêuticos, incluíndo o parto prematuro artificial, não pode remover os perigos a que está sujeita, o practico deve julgar-se autorisado a provocar o aborto, como único meio de lhe conservar a vida"

João Correia, 1869, p.29
in Mulheres do Século XVIII (Regina Marques)


E porque o filho/a sem a Mãe é mais vítima e mais infeliz do que qualquer ser que sofre, nascer sem Mãe é o pior dos infortúnios. Não ter Uma Mãe Conciente da plenitude do seu SER, mas uma mulher dividida, inferior e mutilada da sua essência e capacidade de decisão, votada ao descrédito, como faz a Igreja e a Sociedade Patriacal, à Mulher, isso sim acaba por criaR muitos "ABORTOS"...e são esses mesmos abortos que odeiam a mulher, a mãe que não tiveram e preferem a sua morte ou condenação a vê-la livre e senhora de si!
Sim, para mim os seres que condenam a mulher à morte dolorosa ou à prisão são o verdadeiro aborto!


ABORTO:

"Pessoa muito feia, demasiado deselegante; coisa muito mal feita; espantoso; fora do natural; fecticídio, ectrose, amóvito"
(...)
in Dicionário Etimológico de Língua Portuguesa

Sem comentários: