Percebo-a muito minha amiga! Sei o que quer dizer e mesmo que pense que eles também são suas próprias vítimas isso não atenua em nada o mal que eles fazem às mulheres. É ver os padres, esses seres estéreis e misóginos que nos odeiam há séculos fazerem agora uma cruzada contra as mulheres a propósito de uma lei que não tem nada a ver com eles...tento controlar o ódio que sinto em nome da Vida maior que eles espezinham em nome do seu Deus de morte...
(…)
"O aborto é uma questão de saúde pública, não uma questão moral. Ser contra o direito ao aborto com julgamentos morais sobre a mulher que engravidou é de uma hipocrisia e/ou ignorância sem tamanho: engravida-se por mil motivos, e se a ciência já nos forneceu condições de interromper a gravidez indesejada de forma higiênica e segura, por que trazer ao mundo mais seres humanos que não terão como serem cuidados?
Defender o direito à vida é defender que todo ser humano que venha ao mundo tenha condições dignas de sobreviver. Pró-vida somos nós, que defendemos o direito de que as mulheres tenham acesso aos meios necessários para que seus filhos usufruam da vida em toda sua beleza.
Por isso, há que se entender: ninguém, nem a feminista mais radical, é "a favor do aborto". Não existe isso, ser a "favor do aborto". Quem já conversou e conviveu com uma mulher que abortou sabe: trata-se sempre de uma decisão dura e difícil para a mulher.Insistimos no direito ao aborto que - combinado com mais educação sexual e mais acesso a métodos contraceptivos e planejamento familiar - produziria, inclusive, uma redução no número de abortos efetivamente realizados.
O que não podemos aceitar é que a criminalização, por motivos religiosos, de um procedimento cirúrgico continue colocando em risco a vida de tantas mulheres ou, por outro lado, continue forçando-as a trazer ao mundo crianças que engrossarão as fileiras da marginalidade."
Idelber
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