O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

quarta-feira, junho 04, 2008

A SOCIEDADE FALOCRÁTICA


Metade dos abusos em família praticados pelo pai

ANA BELA FERREIRA

Crianças. A Faculdade de Medicina da Universidade do Porto e o Instituto de Medicina Legal do Porto chegaram à conclusão de que dos casos de abuso sexual de menores analisados entre 1997 e 2004, 34,9% ocorrem no seio da família e, destes, 6% são praticados pelo padrastro da vítimaEntre 1997 e 2004 houve 1141 casos de violência.
Mais de metade das crianças vítimas de agressão sexual no seio familiar é abusada pelo pai ou padrasto.
Esta é a conclusão de um estudo da responsabilidade de Francisco Taveira, investigador da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP), divulgado pela Lusa.Os dados foram recolhidos na delegação Norte do Instituto de Medicina Legal (IML), entre 1997 e 2004. Dos 1141 casos recolhidos foram analisados 77%, dos quais 34,9% dizem respeito a abusos intrafamiliares. Neste tipo de agressões, 45% são vítimas do próprio pai e 6% do padrasto.
(…)
As agressões analisadas dizem respeito a crianças entre os zero e os 17 anos."Foi um trabalho retrospectivo, mas não podemos traçar um perfil do agressor. Sabemos que é homem, uma vez que só registámos um caso de uma mulher agressora", esclarece Teresa Magalhães. "Outro dado que ficou claro é que os abusadores têm normalmente um passado sexual desviante", acrescenta a directora do IML/Porto. (excerto de artigo )in dn

3 comentários:

Lealdade Feminina disse...

É urgente tratar as vítimas... e curar essa ferida superando o trauma... para evitar a reprodução deste comportamento, já que quase sempre o agressor tbm ele foi antes a vítima... É preciso quebrar esse ciclo, e evitar que as vítimas se tornem futuros agressores... Essa situação é lamentável...

Anónimo disse...

Pois é minha amiga, só o amor da mãe cura...e quando ele não existe é terrível.Só a mãe protege e quando ela não sabe ou não pode...o mundo está como está...

abraço
rosa leonor

Anónimo disse...

Querida Rosa
A passear pelos teus escritos encontrei esta chocante notícia. Fazes bem em insurgires-te publicamente, acho que todos contamos contigo para isso mesmo. Viva a tua luta! Luis Leote