O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

segunda-feira, janeiro 17, 2022

O NOVO NORMAL...



Por Dionísia Cesário


"Começaram por lhes tirar a cultura, o acesso ao conhecimento e ás produções artísticas...
Queimaram, proibiram, censuraram a leitura...
O ensino foi permitido enquanto serviu para formatar o pensamento, depois disso fecharam as escolas...
Em janeiro de 2021 proibiram a venda de livros, as bibliotecas já tinham desaparecido, toda e qualquer produção artística foi impedida...
E a humanidade continuou a acreditar que tudo era por causa de um vírus...
Esqueceram a sua história e que os períodos de escuridão, tirania e escravidão começaram assim...
Sem a sua cultura, o ser humano perde a sua identidade, fica alheado e perdido, esquecido da sua verdadeira essência...
No entanto, ninguém se manifestou, no meio do caos, do ruído e do medo...
O governo proibiu a venda de livros...
O governo fechou toda a gente em prisão domiciliária...
O governo e apenas e só o governo sabia o que devias fazer, pensar e acreditar...
A humanidade continuou a obedecer, a acreditar na televisão, no governo e nas instituições corruptas que dominavam o mundo...
A humanidade acreditou que estava doente, que corria perigo, que estava a morrer ...
A humanidade acreditou em tudo e confiou, calou a voz e susteve a respiração, deixou os afetos de lado, permitiu que lhe injetassem veneno...
Não viu os sinais, não ouviu a sua voz interior, não ouviu os gritos de alerta...
Precipitou-se para a sua extinção obediente e ordeira, como bom soldado doutrinado para obedecer sem questionar...
Chamaram - lhe " novo normal" e conformaram-se."


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