O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

quarta-feira, agosto 02, 2023

As mulheres new age e os circulos de mulheres...



OS CIRCULOS DE MULHERES
SÃO DE MULHERES APENAS E NÃO DEVEM  SER MISTOS.

As mulheres new age, ao longo destas 2 ultimas décadas, como diz uma amiga, podem "ter-se tornado um instrumento precioso nas mãos de um patriarcado musculado e inteligente!...mais uma ratoeira, desta feita para as mulheres que perceberam ou não as incoerências do feminismo!. Dá a ideia de que para onde quer que nos viremos somos apanhadas nas malhas apertadas da essência masculina que nos quer sempre e para sempre ao seu serviço!"*

E foi  exactamente isso que acontece na maioria dos círculos de mulheres que já não são só de mulheres! O que acontece de enganador nisto tudo é que sem as mulheres terem  consciência interna da sua divisão a fazer a diferença - a consciência da cisão interna em duas mulheres opostas e a sua integração - elas vão sempre cair na armadilha do patriarcado que lhes é imediatamente lançada, tal como fez com o feminismo, e por isso hoje quase todas não prescindem do "masculino sagrado", isto é a inclusão de homens nos circulos de mulheres e assim desviam de novo o foco na sua própria consciência.
É sem duvida devido a esta nova manobra do patriarcado, publicidade, mediatismo, que as mulheres começaram a fazer círculos mistos quando de facto e de inicio os círculos eram só de mulheres e para mulheres, e isso acontecia por uma razão preciosa e muito precisa: para que a sexualidade das mulheres se estabilizasse em si, para que elas fossem o Foco e não se concentrassem sempre no homem, na sua busca de par e prazer...
Os circulos de mulheres eram para se descobrirem a elas mesmas como mulheres. Mulheres que foram anuladas e desvalorizaram as suas forças e dons desde  há séculos, manipuladas  por esse movimento repressor do seu ser para se  projectarem constantemente  nos homens; juntar as mulheres sem o factor imperativo do sexo e a atração mulher-homem a fim de se centrarem em si, no seu interior, no seu útero e no seu poder interno como MULHERES, mulheres que valem por si sós e que não precisam do olhar do homem para ser. 
E o que falhou? O tempo que era necessário e o espaço para a mulher se encontrar a si mesma e não continuar a projectar o seu amor no homem anulando-se mais uma vez a fim de  perceberem que não precisam da validação masculina para serem MULHERES INTEIRAS!
Sim, era preciso que a mulher tivesse espaço e tempo para aprender a amar-se a si mesmas e às outras mulheres e a dessexualizar a sua natureza saturada de ser mero objecto sexual e reprodutor a fim de deixarem de ser vampirizadas na sua energia do útero.
Mas veio logo o Tantra  e os melosos instrutores, massajar e tocar as mulheres no ponto G...para que elas não se desviassem dessa manipulação...e agora estão os homens e os seus doces abracinhos, homens muito ternos e femininos...e em vez de serem elas mesmas a abraçar-se umas às outras de verdade e sem medos, sem reservas, tentando ultrapassar o seu velho antagonismo,  e assim, de acordo com o sistema que as explora, vão continuar a enganar-se com esta ideia de homens femininos...todos eles lico-doces... quando os homens deviam continuar a ser viris e fortes, protectores e masculinos e não travestis ou eunucos da deusa e do "feminino sagrado", ainda que considere certos casos no passado como pura devoção a deusa ...mas com muitas reticências nestes tempos modernos... em que uma agenda de géneros impera e quer fazer dos homens mulheres e negar à mulher o direito a ser ela mesma Mulher inteira. 

rlp
* ana ferreira martins

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