O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

terça-feira, agosto 01, 2023

A FALTA DE NIVEL DAS MULHERES...


COMO ME AFECTA ESTA REALIDADE FICTICIA E DESUMANA...



Ando há dias a pensar nisto e a ressentir-me, como que ferida,  pela forma como as pessoas se tratam e desrespeitam nas suas diferenças e se atropelam umas as outras para se afirmarem e ganhar algo sobre os outros, não importa como. Sinto-me profundamente triste e afectada pela forma como as mulheres não conseguem confiar umas nas outras, depois de tantos anos de tentativa de consciencialização dos seus males e conflitos e se atacam ainda de forma primária sem ver a meios para obter o que querem em beneficio próprio. Muitas dessas mulheres tem ou deviam ter responsabilidades e fazer a diferença, mas não fazem. Elas alinham com a forma  corrupta do Sistema que as oprime mesmo por vezes defendendo causas de liberdade ou de espiritualidade da mulher...para não falar das feministas em geral, que nada fazem senão papaguear teorias e ideologias.
Ao longo da minha vida tenho sido muitas vezes traída e magoada, na minha intenção de consciencializar a mulher de si mesma, por acreditar no seu potencial. E quando encontro uma mulher “especial”, em que sinto esse potencial de forma evidente, e porque sinto algo tão profundo e significativo nela,  sou movida (emotion) a dizer-lhe o que eu sinto e vejo nela. Sim, esse sentimento emoção eu tenho-o quando escrevo sobre a essência da mulher e o feminino perdido, a mulher plena ou integral, e assim tenho mantido o meu sentir acima de tudo, mas sei que, pela forma apaixonada como o faço, isso fez com que, muitas  vezes, fosse mal interpretada pelos homens o que é quase normal, diria, para quem tudo tem uma conotação sexual baixa, mas também pela parte das mulheres, as que não conseguem evoluir ou estão marcadas pelos meios sociais e familiares  medíocres onde habitualmente vivem em permanente competição, intriga e inveja umas das outras o que as leva à baixeza inclusive de conectar tudo ao sexo e por isso à malevolência, “típica” das mulheres comuns, para não dizer, ordinárias. 
Sim, todas nós, e aqui falo particularmente para as mulheres que por suposto deviam já ter outra mentalidade, que quando abordamos alguém ou encontramos uma pessoa que nos diz algo de  nobre e a pensamos digna, que essa pessoa merece toda a nossa atenção, e devemos fazê-lo de coração - embora saiba, que, se formos sinceras e espontâneas, corremos um sério risco de também sermos adjectivadas de isto e aquilo, pautadas pelo baixo nivel de algumas dessas mulheres, de putas, lesbicas ou invejosas,  e que, como dizia, da parte dos homens seria quase normal, e ouvimos isso a todo o passo, mas da parte das mulheres é inadmissível e muito triste e isso deve-se sem duvida à  pobreza de espírito que predomina cada vez mais nos ditos meios  "espirituais", onde o verniz dura pouco, e o que surge é a má índole que  vem ao de cima de uma ou outra "mestra", guru, terapeuta ou facilitadora... 
O que mais me fere porém é sem duvida o ver cair a imagem que tive dessa mulher inspiradora em quem confiei e vê-la  destruída pela sua mediocridade intelectual ou pela sua ignorância, ao deixar-se influenciar por alguém mesquinho e invejoso, que mais não faz do que deturpar os seus sentimentos e impedir que se potencializem as relações de verdade – relações criativas e mesmo amorosas de empatia e união entre mulheres - e que são deturpadas e adulteradas pela incapacidade que essas mesmas mulheres têm de aceitar a diversidade dos sentimentos e ao fim e ao cabo de sentir essa empatia e de confiar umas nas outras, o que reflecte sempre medos inconscientes e a má relação com a mãe e muito particularmente o seu narcisismo doentio. 
    
Como é evidente tod@s sabemos que estamos, como seres humanos, sujeitas a critérios diferentes de interpretação e naturalmente, dado que temos níveis de entendimento também diferentes, seja a nível cultural, intelectual e de literacia, seja a nivel de uma educação (que tivemos ou não tivemos) e por isso podemos ser sempre mal interpretadas, e desse modo, sermos atingidas pela malicia ou a má intenção dos outros  – sempre movidos pelo medo ou a inveja. Por isso penso que devemos ter sempre em conta as diferenças culturais sociais e educacionais existentes, e sabermos que nem toda gente merece à partida a nossa confiança, é verdade, e há gente mesmo muito mal formada, mas não obrigatoriamente fazer perdurar a desconfianças em todas as situações da nossa vida para preservarmos a nossa sanidade afectiva.

Chegamos realmente a um ponto extremo da decadência da vida social humana o da normose – a normalidade da doença, diria a psicose social do medo -, em que nenhum ser humano hoje confia no outro e já nem pensa nisso, ou sequer dá o beneficio da duvida, e apenas reage de forma primária e à defesa, activando as suas couraças, para se proteger e trata logo de agredir com medo de ser enganado e nem vê o mal que isso gera nele mesmo.

Em suma, o que eu queria dizer era que de facto hoje em dia estamos toda@s neste momento crucial a viver  no mais baixo nivel - no caso no mais alto nivel de contaminação social e  politico (o do politicamente correcto)  e (des)humano que talvez jamais se viveu na terra, em que ninguém verdadeiramente aprofunda nada ou sequer já pensa por si mesmo e por isso  todos se fecham e julgam os outros como a única origem dos nossos males, e então há que nos defender e atacar o que não é como nós; e em contrapartida vamos associar-nos ao colectivo massificado e embrutecido pelas ideologias marxistas e de género. 
O mais  grave nisto tudo é não vermos afinal como isso invalida tantas vezes a possibilidade de abrirmos o coração e confiar e sentir a nossa humanidade. É ai que começa a ser trágico tudo o que está a acontecer a nossa volta. Cada dia mais pessoas verdadeiras estão a ficar  longe umas das outras e as massas apenas agem como rebanhos - criaturas acefalas perdendo-se no colectivo, coordenadas e manipuladas pelas drogas de todo o tipo e ideologias que prevalecem na moda de forma destrutiva (wok, por exemplo) e atacam todas as referências solidas de humanidade e toda a individualidade, toda a singularidade, inclusive colocando em risco a identidade do homem e da mulher...
Se continuarmos a dividirmo-nos, nós mulheres, em vez de nos unir de algum modo estamos a contribuir para o fim da nossa própria espécie...
Sem a Mulher e a Mãe como farol da Humanidade não há civilização possivel...

 rosa leonor pedro 




1 comentário:

Luz de Luna disse...

Roda querida não tenho como descrever o quanto você fala a minha alma, eu passo todos os dias a buscar a compreender melhor minha relação com as mulheres e este mundo que está passando para uma era pós-humana? É quantas vezes penso que não há espaço para meu sentir, para o meu amor interrompido até às mulheres. Quantas vezes me imagino entre rosas e aromas buscando auxilia- las com suas dores, assim como não tive auxílio. Para terem um descanso, supondo eu que se sintam cansada como eu. Mas aí a vida me lembra que nem todas sentem, muitas já se perderam muito cedo e eu ingênua só posso ajudar a mim mesma. Vamos ver com o passar do tempo o que pode ser revelado a mim sobre estes meus impulsos