8888 - VISUALIZAÇÕES...
“Diz-me, ó Mestra do Templo Oculto! Podes dar descanso aos meus pés fatigados, que parecem Ter andado muito pelos caminhos poerentos da vida?
Olhou-me longa e gravemente antes de me responder.
“Há sete caminhos abertos ante ti, ó Buscador! Sete degraus aguardam para serem galgados pelo homem que deseje entrar no meu reino secreto. Sete lições devem ser aprendidas pelos seres humanos que anseiem ver a minha face desvelada.
Enquanto não tiveres percorrido todos estes caminhos, subidos todos estes degraus e aprendido de cor todas estas lições, não poderás Ter descanso para os teus pés nem para a tua alma.”“.
Sua voz meiga, que parecia vir de miríades de eons, ressoou pela Grande Sala do Templo.
- Quais são esses caminhos, ó Mãe Divina?
Respondeu-me:
“Um é o Caminho que leva a Muitas Moradas, outro, a Via que conduz ao Deserto; terceiro, a Rua onde brotam Flores Vermelhas; quarto, a Subida para as Altas Montanhas; quinto, a Descida nas Cavernas Obscuras; sexto, o Caminho do Eterno Errar, e o sétimo e a via de Quietude Silenciosa”.
Perguntei:
- Quais são esses sete degraus?
“O primeiro - disse Ela - é o das Lágrimas; o segundo, a Oração; o terceiro, o de Trabalho; o quarto, o Repouso; o quinto, o da Morte; o sexto, da Vida, e o último é o da entrega”.
E as sete lições que deve aprender o ser humano, ó Mãe! Quais são?
“O Prazer - respondeu - é a primeira e a mais fácil; a Dor é a Segunda; o Ódio a terceira; a Ilusão a Quarta; a Verdade a Quinta; o Amor a Sexta, e a Paz aprende-se por último”.
Ponderei a respeito do que ouvi.
A Mestra do Templo Oculto então se levantou e retirando-se da Grande Sala, vi nas suas costas uma estrela de ouro, e dentro da estrela, uma coroa resplandecente e duas meias luas de prata. Em baixo da coroa havia uma cruz branca, e ao redor da cruz, sete rosas vermelhas.
Na parede do fundo de um azul carregado vi aparecer, de súbito, muitas palavras brilhando como jóias. E foi-me ordenado ler só as últimas dessas palavras.”
in "O Egipto Secreto"
O SORRISO DE PANDORA
“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja.
Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto.
Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado
Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “
In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam
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