O SORRISO DE PANDORA
“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja.
Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto.
Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado
Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “
In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam
quarta-feira, setembro 11, 2002
AS CULTURAS E AS SUB-CULTURAS ?
(...)
"Uma humanidade limitada e prevertida é cimentada num sistema maquiavélico que pretende impingir-nos uma sociedade em que um consenso universal nos irá proteger das dúvidas a nosso respeito, dos medos e inquietações. Mas o que acontece é o contrário. Somos inoculados de uma doença nova. A pretexto da análise de sentimentos, esta nova sociedade "científica" nega-os. E, à medida que o acesso a eles nos é vedado, o marasmo que é a falta de sentimentos aumenta. E tal falta de sentimentos, por seu lado, acarreta um aumento de raiva e agressividade.
À medida que a perda do Eu autêntico progride e a própria capacidade de empatia e a responsabilidade desaparecem, tornamo-nos vingativos sem realmente tomar consciência disso.
(...)
A origem da nossa agressividade e destrutividade encontra-se na cultura, e não no indivíduo. Tudo o que promove a fragmentação da personalidade e bloqueia o acesso ao interior contribui para a criação e o incremento dos nossos impulsos destrutivos."
in "A TRAIÇÃO DO EU" de ARNO GRUEN
Nada mais anti-cultural no mundo do que o "império americano" no seu poder bélico e na sua fábula cinematográfica a espalhar no mundo ocidental e árabe as sementes dessa mesma fragmentação. Nada como a sub-cultura americana a espalhar no mundo a semente de violência e destruição, na indústria dos filmes hollyoodescos de terror guerra e sangue, heróis e vampes, de um mundo totalmente plastificado e supérfulo de mentira e fraude, sem respeito pela natureza e pelos sentimentos verdadeiros! O consumismo como a doença do século e a maior miséria lado a lado no afastamento de toda a realidade essencial ao ser humano.
Não há fanatismo mais perigoso do que a crença nos super-heróis da indústria americana seja da ficção cinematográfica seja ela bélica, nem terrorismo mais eficiente do que a sub-cultura que a América impõe ao mundo há muitas décadas: o inimigo e o herói, a guerra e destruição de toda a convivência natural humana, através da sua técnica elaborada e ciência, na construção de um mundo fictício de competição e de triunfo do mais forte...
Os fracos são destruídos e os ricos vencem sempre...
Onde antes havia o canto épico e sagrado do Corão e um contador de histórias humanas e sábias, há uma televisão e filmes de guerra e pornográficos americanos nas casas de chá em cada canto do Egipto e do Islão...
Histórias como estas eram contadas como SABEDORIA secular:
"Tenho sonhado que muitas vezes que em casa de um certo Ali de Bagdade se encontrava um tesouro escondido,
mas eu que sou um homem razoável nunca me meto a fazer uma expedição como a tua"
Ali regressou a casa e encontrou o seu tesouro soterrado bem fundo na lareira da casa, símbolo do seu coração cheio de amor.
Assim, é precisamente dentro de nós próprios que se encontra o objecto da nossa procura, mas é preciso um chamamento que nos decida a fazer a busca."
in RUMI - " O CÂNTICO DO SOL"
A Busca de Bush ( boche ) é a guerra e a morte, como bom imperador do seu império...
destruíndo e esmagando tudo à sua volta! A Europa moribunda e vendida rende-se aos seus donos...
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