Vejo passar os barcos pelo mar,
As velas, como asas do que vejo
Trazem-me um vago e íntimo desejo
De ser quem fui, sem eu saber que foi.
Por iso tudo me lembra o meu ser lar,
E, porque o lembra, quanto sou me dói.
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Exígua lâmpada tranquila,
Quem te alumia e me dá luz,
Entre quem és e eu sou oscila.
in "Poesias Inéditas" - Fernando Pessoa
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