O SORRISO DE PANDORA
“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja.
Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto.
Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado
Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “
In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam
terça-feira, setembro 03, 2002
In Memoriam
Faz hoje dois anos que o meu irmão fez a sua última viagem neste plano...
e faz muitos anos que eu nasci neste mesmo dia...
Abrir o coração e amar a vida na certeza dessa partida, cada dia, na despedida de um outro ser que conhecemos e amamos e deixa de fazer parte da nossa vida, aqui, visível...e todos partimos, mais dia menos dia, para o outro lado da vida que desconhecemos...
Talvez morramos aqui para nascer algures, tal como quando nascemos neste plano morramos noutro...
Desencarnamos para voltar a nascer sem mais sabermos quem fomos ou que seremos noutra vida...
Nada lembramos e vivemos na ilusão da matéria, cegos pelos nossos cinco sentidos...cegos de amor e ódio e raiva, ciúme e cólera...cegos de ambição desmedida, cegos que não vemos que somos efémeros e a morte espreita em cada canto.
Quando a gente menos espera, ela vem e surpreende-nos sempre como uma estranha e eu não entendo que loucura nos vela a iminente partida a cada passo que damos...
E aí estão as suas máscaras: guerras, crimes, pestes, cancros, sida....
Mas na verdade "as doenças" e as guerras, não são mais do que sinais para a nossa estúpida vaidade ou esquecimento da origem. Porque o nascimento e a morte, são só as duas faces de uma mesma moeda...
É o Amor Eterno quem permite à nossa alma viajar entre o finito e o infinito, tantas vezes presa e escrava na matéria...
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