O SORRISO DE PANDORA
“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja.
Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto.
Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado
Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “
In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam
quinta-feira, setembro 12, 2002
CELEBRAÇÃO DA VIDA
XXXIX
Velho mundo cruzado a galope pelo
cavalo branco do dia e pelo cavalo
negro da noite. És um lúgubre palácio
onde cem Djmchids sonham com
a glória e cem Bahrams com o amor
sonharam, para despertarem todos no
meio da dor e do pranto.
LI
O bem e o mal lutam pela primazia
neste mundo. O céu não é responsável
pela glória nem pela desgraça que o destino
nos reserva Não lhe agradeças nem o
censures. Encontra-se muito longe dos
teus prazeres e das tuas mágoas.
in " RUBAIYAT" - Omar Al-Kayyam
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