O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

segunda-feira, setembro 09, 2002



Car, en vérité, il n’y a pas de frontière.
Seuls les yeux créent la frontière
Parce quíls ne voient pas lÍntérieur qui se tient dans l’extérieur.
Seul l’oeil crée l’union.


Il faut sortir du rêve des mondes
Car la joie naît dans le Rêve
Qui conçut le jeu des rêves et des mondes
.

Le Rêve est le dépassement du rêve des frontières,
Et les frontières sont la souffrance
Car la souffrance est le toi
Et le moi qui se rêvent deux
.

Lá ou se tient le noûs, réside l’inestimable joyau...


La conscience de l’amour est engendrée par la Séparation
Le noûs est une mort parce quíl est réveil,
Il est la mort des images assemblées.
Il est línstant où les masques se désagrègent
Et où la Matière avoue qu’elle est un jeu.
Ainsi en est-il, il faut mourir de plusieurs morts
Pour connaître la lumière de la naissance.


Le réveil ne connaît pas de demi-mesure.
Le réveil naît du souvenir de l’Oubli
Et de la dénonciation de l’Oubli dans les actes.
L’atteinte du noûs sóbtient par lámour.
La manifestation de l’amour s’obtient par l’éxigence
.



In L’Évangile de Marie-Madeleine
restitué selon le Livre du Temps




O TANTRA

"O amor começa a adquirir um carácter sagrado ao pôr a alma humana em estado de mag ou de transe. A matéria mais grave e a matéria mais subtil ficam presas ao homem através dum estado de magnetismo tão profundo que começa primeiro a intuiçaõ e depois a sensação dum mundo que não é humano, mas que na hipersensibilidade dum estado especial do ser atinge um fundo humano." Kremmerz observa que, em todo o amor diferenciado, se produz por instantes justamente este estado: no entanto, "a dificuldade consiste em fazê-lo durar intensa e definitivamente"; consiste além disso em impedir que desperte o desejo físico, que o paralisaria. Segundo a terminologia Kremmerz, existe o estado de mag se for activo (êxtase activo) e de transe se for passivo. Nestes estados o elemento subtil do homem não somente entra em contacto com o da mulher, mas oferece-se também a possibilidade de se relacionar com tudo o que em geral, pertence, quer em forças ou em influências, ao plano hiperfísico.
Encontramos seguidamente um motivo que é já do nosso conhecimento quando K. afirma que "através desta porta do amor amor" começa a verdadeira magia, desde que "embora mantendo-se na intensidade mais inverosímel do Pyr, ou fogo mágico", o homem separe na amante que está a ver com os seus olhos físicos uma entidade que pertence ao plano a que se chegou. Através da união com esta entidade começa, porém em simultâneo com a "magia", o risco da loucura.


(...)

Refere-se a primeira à necessidade de que o "eros que constitui o instrumento da obra, não seja logo desejo sexual, avidez sexual, mas justamente amor, algo de mais subtil e vasto, sem polarização físca, mas cuja intensidade não deverá ser menor. Poderei dizer-te também: tu deves desejar a alma, o ser do outro ser, tanto como se pode desejar o corpo". Partindo deste estado na relação sem contactos físicos "o eros favorece-te o contacto fluídico e o estado fluídico por sua vez exalta o eros. Poderá assim, produzir-se uma intensidade-vertigem quase inconcebível para o homem e a mulher comuns. Amar-se e desejar-se deste modo, sem movimento, de forma contínua aspirando-se recíproca e vampiricamente numa exaltação que progride sem receio das possíveis zonas de vertigem. Experimentarás uma sensação de amalgamento efectivo, sentirás o outro em todo o teu corpo, não através do contacto, mas por meio dum abraço subtil que se sente em cada ponto e fica penetrado por ele como por uma embriaguez que se apodera do sangue do teu sangue. Isto conduzir-te-á ao limite, ao limiar dum estado de êxtase.

in "METAFÍSICA DO SEXO"
de Julius Evola

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