O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

sexta-feira, março 24, 2006

Eis o Labirinto...


(A minha versão...)

Ariana fica quieta face ao Minotauro. Teseu abandonou-a e é ela quem tem de desmontar a fraude. Ela conhece o Minotauro melhor do que ninguém. Ele saiu do seu peito, quando ela era ainda a Deusa Primeva, Aquela que tudo criava com um sopro.

Como o homem a perseguiu e ao seu poder, banindo-a da sua história, explorando-a anos a fio sem dó nem piedade ela teve de criar o monstro para se defender...depois seria ela quem daria a Teseu o fio condutor para ele sair ileso do labirinto, mas ele não aceitou o seu feminino. E a humanidade perdeu-se...

Enquanto os homens virem o monstro fora deles, e não forem ao fim do labirinto, aceitando e amando Ariana, matar-se-ão uns aos outros...

Até que a Deusa seja de novo eleita e colocada no seu trono, o mundo dará apenas voltas em círculo até à agonia final...

r.l.p.

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