O SORRISO DE PANDORA

“Jamais reconheci e nem reconhecerei a autoridade de nenhuma pretensa divindade, de alguma autoridade robotizada, demoníaca ou evolutiva que me afronte com alguma acusação de pecadora, herege, traidora ou o que seja. Não há um só, dentre todos os viventes, a quem eu considere mais do que a mim mesma. Contudo nada existe em mim que me permita sentir-me melhor do que qualquer outro vivente. Respeito todos, mas a ninguém me submeto. Rendo-me à beleza de um simples torrão de terra, à de uma gotícula de água, à de uma flor, à de um sorriso de qualquer face, mas não me rendo a qualquer autoridade instituída pela estupidez evolutiva da hora. Enfim, nada imponho sobre os ombros alheios, mas nada permito que me seja imposto de bom grado Libertei-me do peso desses conceitos equivocados e assumi-me como agente do processo de me dignificar a mim mesma, como também a vida que me é dispensada. Procuro homenageá-la com as minhas posturas e atitudes e nada mais almejo. É tudo o que posso dizer aqueles a quem considero meus filhos e filhas da Terra. “ In O SORRISO DE PANDORA, Jan Val Ellam

sábado, março 11, 2006

"Brasileiras
guerreiras da paz"


[10/MAR/2006]

"No mundo inteiro as mulheres sofrem ainda sob o efeito do sistema patriarcal. Este não apenas as marginalizou como criou também um tipo de sociedade e de cultura na qual elas ou são subalternizadas ou feitas invisíveis. Continua ainda, especificamente na China, India, Bengladesh e Taiwan, o abortamento de meninas, a ponto de desequilibrar a proporção entre homens e mulheres. O indiano Amartya Sen, Prêmio Nobel de Economia, denunciava já nos anos 90 a falta de 100 milhões de mulheres vítimas desta prática assassina.

Apesar de tudo, já há quase dois séculos, que as mulheres despertaram dessa situação desumana e se organizaram para gestar outro tipo de relação de gênero, criando os fundamentos de outro paradigma civilizacional, não mais ligado à subordinação mas à reciprocidade e à parceria."

(...)

Excerto de artigo de - Leonardo Boff
(autor junto com Rose Marie Muraro do livro Feminino e masculino, uma nova consciência para o encontro das diferenças.)

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