tão contrito e delicado.
Agradece a habilidade celestial
de poderes te transformar.
Põe ao serviço dela,
Donzela, Mãe, Rainha,
todos os teus sentidos.
Ó deuses, tende piedade!
A TRANSFORMAÇÃO
" Do nada absoluto (a folha branca) surge a manifestação do múltiplo, culminando no corpo (na palmeira), como na árvore sefirótica dos kabalistas. Místico é o saudoso do Um. Pagão (ou alquimista) é o amoroso do Todo. Um o Todo ? a inscrição da serpente ouroboros ? outra forma cuja ideia o poeta aqui também suscita, circular, em vez de perpendicular, e unindo também extremos, como a árvore. Da terra ao céu, do céu à terra, uns sobem, outros descem a palmeira. Mas o que interessa, nuns e noutros, é a transformação."
Yvette Centeno
«Para tentar apreender o segredo da pátria portuguesa mesmo num só fragmento, será permitido começar por vê-la como telúrica, infernal e oracular, salvífica e ainda limítrofe: como terra de fronteira».
Dalila Pereira da Costa
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